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O “puto” rebelde que virou empresário e autarca

Luís Miguel Nepomuceno, presidente da junta de freguesia de Vila Chã de Ourique
Luís Miguel Nepomuceno está a entrar na fase final do seu primeiro mandato como presidente da Junta de Freguesia de Vila Chã de Ourique. Eleito há três anos pelas listas do PS, embora concorrendo como independente, está por gosto à frente da autarquia, embora reconheça que o tempo que tem dedicado a resolver os problemas da terra têm prejudicado a sua vida pessoal.Empresário na área dos alumínios, Luís Nepomuceno completa o perfil do chamado “self made men”. Nasceu em Sacavém há 39 anos mas veio com um ano de idade para Vila Chã, onde tem vivido desde então. Na infância diz que era “um puto rebelde” pouco virado para os estudos.Aos 12 anos começou a trabalhar na serventia durante as férias. Voltou a estudar mais um ano mas, nas férias seguintes, quando tinha 14 anos, foi trabalhar para uma empresa ligada aos alumínios. Acabou por não voltar a estudar e ficou lá dez anos. Durante esse tempo aprendeu os segredos da profissão e entretanto mudou-se para uma empresa de outra dimensão, de onde saiu há 9 anos para formar a sua própria firma - a Ourial.Casado e com duas filhas, de 11 e 13 anos, diz que não se arrepende de ter aceite o convite do presidente da câmara, Paulo Caldas, para liderar a lista do PS à junta, mas ainda não sabe se vai recandidatar-se. “Tenho algumas obras para concluir e quero acabar o que prometi”, diz, embora reconheça que cada vez mais é difícil conciliar os assuntos a tratar na junta, na câmara, nas escolas e em qualquer outro local, com a empresa e a família. E não são 249 euros por mês que compensam o tempo que se perde.Luís Nepomuceno não concorda com o actual modelo de funcionamento das juntas de freguesia. Em sua opinião quem ganha devia escolher a sua equipa e a maior parte dos presidentes das juntas devia estar a tempo inteiro.Depois do tempo que dedica à junta (cerca de 80 por cento do dia) e à empresa e família (os restantes 20 por cento), não lhe resta muito tempo para os seus hobies. Gosta de ciclismo, modalidade que praticou durante nove anos, mas já não pega numa bicicleta há vários anos. O mesmo acontece com o cinema e a televisão, que vê cada vez menos.É sportinguista mas só foi ao estádio uma vez, ver um jogo com o Salgueiros. Quando pode vai ver o seu Estrela Ouriquense mas até aí o tempo escasseia. Tal como para passar pelo café e conviver com os amigos. Mas não se arrepende. “Foi um compromisso que assumi e vou levar até ao fim”, garante.

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