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Ganhou-se um autarca mas perdeu-se um ciclista

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Francisco Godinho, presidente da Junta de Freguesia da Branca
Cumpre o terceiro mandato como presidente da Junta de Freguesia da Branca. Francisco Godinho nasceu em Foros de Almada, Benavente, há 61 anos, e vive na Branca desde 1967, para onde migrou para casar com a sua actual esposa.Fora da junta é um comerciante de frutas e hortaliças e produtor de parte dos produtos que vende. Batata, couves, cebolas, laranjas, entre outros bens. Vende em fábricas e mercados abastecedores. Levanta-se às seis da manhã, antes do sol raiar e, a maior parte das vezes, só se encosta depois da meia-noite. Admite ter noites em que apenas dorme três ou quatro horas.O resto do tempo é dedicado à junta de freguesia, sem horários. Mas é à segunda-feira que, normalmente, mais gosta de analisar as pequenas grandes questões do dia-a-dia da freguesia.Uma vida que já era dura antes de enveredar pelo empresariado. Até perto do 25 de Abril de 1974, Francisco Godinho foi condutor e manobrador de máquinas. Talvez por isso sempre manifestou uma grande paixão por bicicletas.Na freguesia costumava ir de bicicleta para todo o lado, até que o esforço lhe valeu a entrada nos escalões de formação da equipa de ciclismo do Benfica. “Pouco faltou para me estrear na Volta a Portugal e talvez se tenha perdido um sprinter”, confessa um pouco nostálgico.Com os pés bem menos assentes nos pedais, Francisco Godinho também experimentou a sensação de voar. Foi pára-quedista, cumprindo o serviço militar em Tancos e no Ultramar, na Guiné e em Cabo Verde, entre 1964 a 1968. O “bichinho” ficou e, desde há seis anos, tem feito questão em levar à Branca um grupo de meia dúzia de paraquedistas que aterram no largo da igreja durante as festas da freguesia, em honra de Nossa Senhora da Conceição, entre finais de Julho e início de Agosto.Esquecendo a actividade profissional e as questões autárquicas, Francisco Godinho também gosta de se distrair. “Sobra sempre algum tempo que dedico à minha agricultura, mas também gosto de ir ao café à tarde ou à noite”, assegura. Mais forte é o gosto pela caça.Domingos e feriados estão reservados para os tiros às lebres, pombos e galinholas que se atrevem a cruzar à frente do gatilho da sua espingarda nos extensos campos da Branca, rodeados de pinheiros, sobreiros e eucaliptos. Francisco Godinho é fundador da associação de caça “Os Branquenses” e, em cada caçada, está garantida a presença de cerca de 30 homens que se aprimoram no convívio, com comes e bebes.O autarca sempre foi eleito pela CDU, mas revela já ter sido convidado para encabeçar listas pelo PS e PSD. No entanto, considera-se sobretudo um independente, sem ser de esquerda ou de direita. “O que importa são as pessoas. Mas, como Deus, nunca se agrada a toda a gente”, reconhece.
Ganhou-se um autarca mas perdeu-se um ciclista

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