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À procura de uma casa digna

Populares querem que Sociedade de Instrução Coruchense se mantenha no centro da vila

A Sociedade de Instrução Coruchense precisa de uma casa nova. A hipótese de mudança para os arredores da vila motivou um abaixo-assinado de protesto. Os subscritores querem que a colectividade continue no centro da vila.

Um grupo de moradores do centro histórico de Coruche entregou um abaixo-assinado com 122 assinaturas ao executivo municipal onde, entre outras razões, pretende que a sede da Sociedade de Instrução Coruchense (SIC) se mantenha no centro da vila. Subscritora do documento, Cristina Tadeia, cidadã de Coruche, argumenta que existem espaços disponíveis no centro da vila pelo que é evitável a saída daquela colectividade para os arredores, mais propriamente para Santo Antonino.No abaixo-assinado solicita-se ainda que os responsáveis do município tomem medidas urgentes na zona histórica evitando que, na sua opinião, a vila se “mude” para Santo Antonino. “Há dezenas de edifícios em ruína, falta comércio e habitação. Foram-se embora os CTT e a Caixa Geral de Depósitos, faltando atracção para as pessoas”, referiu aquela munícipe a O MIRANTE.O presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), diz que nada pode fazer no que respeita a uma possível mudança de instalações da Sociedade de Instrução Coruchense. O autarca refere que é uma questão interna da colectividade fruto de uma posição assumida em assembleia-geral. Solução para a qual a câmara contribuiria apenas com a cedência do terreno, num espaço com mais facilidades de estacionamento, melhores acessos e fora de uma zona habitacional.A O MIRANTE, Dionísio Mendes explica ainda que a SIC apenas pode ficar no actual espaço, no centro histórico da vila, se demolir as instalações e edificar um prédio de raiz, com três pisos.Terreno de Santo Antonino não servePara o presidente da SIC, João Cortes, a mudança da sede actual, na apertada e empinada Rua da Música, é uma necessidade para a colectividade e foi dada carta branca à direcção nesse sentido, em assembleia-geral realizada há cerca de três anos.“O problema é que realizámos levantamentos sobre a área útil daquele local e chegou-se à conclusão que o terreno está destinado a um equipamento desportivo com zona de estacionamento e rinque descoberto”, revelou a O MIRANTE. Entretanto a direcção da SIC já enviou um ofício à câmara a pedir reunião para se encontrarem alternativas, ainda que possua, desde 1996, o projecto de nova sede para o local actual.O projecto da nova sede da SIC contempla a criação de um anfiteatro, camarins, bar/restaurante, salas para a direcção e salas de apoio. Situação bem diferente da que vive actualmente a colectividade. “Trabalhamos num edifício completamente degradado, com apenas uma sala de ensaio, duas casas de banho, um pequeno bar e uma sala da direcção e de instrumentos”, revela João Cortes.Desde 1996, quando completou cem anos, que a SIC tem ideia de proporcionar melhores condições às cerca de 70 pessoas que movimenta. Uma banda de música que participa em concertos, arruamentos, procissões e encontros, além de uma escola de música com 25 alunos.

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