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Comerciante foi baleado por caçadeira

Tentativa de homicídio na Vala do Carregado

Foi quase um milagre. Um comerciante de automóveis sobreviveu depois de ter sido atingido por dois tiros de caçadeira disparados por desconhecidos. O crime aconteceu no Bairro da Atral Cipan na Vala do Carregado e a família suspeita de uma vingança.

Um comerciante de automóveis residente na Vala do Carregado, freguesia de Castanheira do Ribatejo, foi atingido com dois tiros de caçadeira por desconhecidos na noite de quinta-feira, 2 de Dezembro.Joaquim Manuel Carapelho, 30 anos, ficou ferido com gravidade e depois de observado no Hospital Distrital de Vila Franca de Xira foi transferido para o Hospital de São José em Lisboa com perfuração num braço e ferimentos numa orelha.Na terça-feira, o ferido, que perdeu uma quantidade elevada de sangue, continuava na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de São José. Segundo familiares, o estado de saúde estava a evoluir favoravelmente, mas ainda estava dependente de uma máquina que o ajudava a respirar.A vítima é o dono do stand JM Automóveis na Ponte da Couraça, à beira ao IC2, na Vala do Carregado. O agressor foi um homem que o esperava, acompanhado de outro homem, perto da sua residência no Lote 4 do Bairro da Atral-Cipan. Segundo um vizinho, os dois indivíduos montaram uma espera perto da casa do comerciante e dentro de um Fiat Uno cinzento.Quando Joaquim chegou acompanhado da namorada, um homem disparou um primeiro tiro que passou a raspar uma orelha da vítima. Um segundo disparo atingiu-o no braço e deixou uma marca profunda. “Ele tombou no chão e perdeu muito sangue”, conta um jovem que foi alertado pelo primeiro tiro quando entrava em casa. Os Bombeiros Voluntários da Castanheira do Ribatejo e uma equipa médica do INEM estabilizaram a vítima antes do transporte para o hospital.Uma vingança anunciada?Familiares de Joaquim Carapelho confirmaram ao nosso jornal que o comerciante recebeu uma ameaça três dias antes e que o homem que o ameaçou esteve no stand no dia da tragédia e voltou a ameaçá-lo.Em causa poderá estar a venda de um carro a um cliente da Póvoa de Santa Iria. O comprador reclamou um problema na caixa de velocidades, segundo os familiares, já depois de terminada a garantia. Como o comerciante recusou assumir as despesas de reparação, o comprador terá ameaçado Joaquim de que lhe “fazia a folha”.No stand JM vive-se um clima de medo e de angústia, mas ao mesmo tempo, os familiares de Joaquim dão garças a Deus pelo irmão estar vivo. É que os tiros foram disparados a dois metros por uma arma automática. “Se o agressor tivesse a pontaria mais afinada teria morto o jovem comerciante”, explicou um especialista.A GNR de Castanheira do Ribatejo tomou conta da ocorrência, mas devido ao tipo de crime, a investigação foi encaminhada para a Polícia Judiciária de Lisboa que esteve no local e recolheu dados e vestígios do crime. Os familiares da vítima suspeitam que os agressores tenham sido mandados por um terceiro e que não conheciam bem a vítima. “Apenas tinham a sua descrição física e sabiam que carro usava e o local onde morava”. Um vizinho explicou a O MIRANTE que, minutos antes foi seguido pelos dois homens até ao Largo da Igreja. “Eles não deviam conhecer bem o Quim e pensaram que era eu. Felizmente não dispararam para mim”, referiu.O jovem ouviu alguns vizinhos dizerem que os agressores teriam pronúncia brasileira, mas garante que não os ouviu falar. A testemunha conhece Joaquim há vários anos e diz que não tem nada de mau a apontar. “Ele está bem na vida, mas é trabalhador”. Uma opinião partilhada por vários vizinhos abordados por O MIRANTE.Nelson Silva Lopes

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