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Estudar a floresta para evitar incêndios

Sete autarquias da região criam Gabinetes Técnicos Florestais
Sete câmaras municipais do distrito de Santarém vão instalar Gabinetes Técnicos Florestais com o apoio da Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais (APIF). Os acordos de colaboração com as autarquias de Chamusca, Abrantes, Ourém, Constância, Ferreira do Zêzere, Mação e Sardoal foram assinados no Governo Civil de Santarém. Os protocolos prevêem a transferência mensal de dois mil euros da APIF para os respectivos municípios. O dinheiro destina-se a comparticipar nas despesas de contratação de técnicos e despesas de funcionamento dos Gabinetes Técnicos Florestais (GTF). A acção prioritária deste serviço, que funcionará em articulação com a protecção civil, é a da elaboração de planos de defesa da floresta na área dos respectivos municípios. Esses documentos, uma espécie de radiografia do território concelhio, serão depois aprovados pela agência e vão servir de base à elaboração do plano nacional. Para o coordenador nacional da Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais, Luciano Lourenço, presente na assinatura dos acordos, “os planos devem responder à realidade do município. E não ser apenas um documento teórico”. Para além disso é da responsabilidade destes gabinetes o planeamento das tarefas a executar com vista à defesa da floresta. Nesta área os GTF podem contratar trabalhos com as associações de produtores florestais. Campanhas de sensibilização e informação também cabem nas suas competências.Conforme referiu Luciano Lourenço, “os técnicos que vão exercer funções no gabinete podem ser os assessores privilegiados dos presidentes das autarquias e dos serviços de protecção civil”.Nesse sentido, destacou, os profissionais devem ter um perfil especial. Têm que ser pessoas que gostem da floresta, que não tenham problemas em calçar as botas e ir para o campo. Mas também têm que ter feitio para estarem nos gabinetes a elaborar relatórios. A capacidade de liderança e a disponibilidade também são importantes. Luciano Lourenço sublinhou que “se soubermos gerir o risco, temos grande parte do problema dos incêndios florestais resolvido. Mas para isso é preciso estudá-lo”. Recorde-se que os sete municípios que assinaram os acordos foram dos mais afectados nos grandes incêndios de 2003.

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