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Insultos e ameaças contra as coimas

Insultos e ameaças contra as coimas

Feirantes de Tomar quase chegam a vias de facto devido ao pagamento dos terrados

Alguns feirantes que habitualmente vendem no mercado semanal de Tomar armaram uma grande confusão à porta da câmara. Não gostaram que a câmara lhes cobrasse uma coima por atrasos no pagamento dos terrados.

Na quinta-feira, 2 de Dezembro, alguns feirantes que vendem no mercado semanal de Tomar juntaram-se nos serviços de cobranças de taxas, no rés-do-chão dos paços do concelho, insultando e ameaçando as funcionárias.Tudo porque lhes foi cobrada uma coima sobre o valor dos terrados que alugam semanalmente. Foi necessária a intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Tomar para os ânimos acalmarem.De acordo com o regulamente camarário, o aluguer dos terrados tem de ser pago entre os dias 20 e 30 de cada mês, por antecipação. Isto é, os terrados de Dezembro deveriam ter sido pagos entre 20 e 30 de Novembro.Só que alguns feirantes não o fizeram e quando na quinta-feira foram regularizar a situação, os serviços impuseram-lhes uma multa de dez por cento sobre o valor de cada terrado – 12 euros por semana.Confrontados com o facto de terem de pagar uma multa para além dos 60 euros pelo aluguer do terrado correspondente ao mês de Dezembro (que tem cinco sextas-feiras), os feirantes não se conformaram e partiram para a violência verbal.Insultaram e ameaçaram as funcionárias, alargando as ameaças ao vereador do pelouro, Ivo Santos, e à sua família. O autarca diz que sempre teve consciência que o pelouro das feiras e dos mercados não era fácil e minimiza as ameaças de morte feitas a si e à sua família. O vereador afirma estar de consciência tranquila adiantando que os seus serviços só estão a seguir o regulamento camarário. “Os regulamentos são para cumprir. Doa a quem doer”.Temendo o pior, as funcionárias acabaram por chamar a polícia, o que serenou os ânimos. De acordo com o comandante da PSP, os indivíduos que causaram os distúrbios estão devidamente identificados e a coisa deverá ficar por ali.Só que no dia seguinte um outro grupo de feirantes também armou um desacato à entrada do mercado, tentando entrar no recinto à força quando não tinha licença para tal.É que sem o comprovativo do pagamento do terrado os fiscais municipais que guardam o recinto não estão autorizados a levantar a cancela e a deixar passar nenhum feirante.Depois da atribulada mudança do local, da margem direita para a margem esquerda do rio Nabão, e que implicou aliás a suspensão do mercado semanal por cerca de um mês devido à falta de segurança, surge agora a contestação à forma de pagamento dos terrados.E a situação não deverá ficar por aqui. O vereador do pelouro diz estar já preparado para a maior contestação, quando o mercado for definitivamente mudado para outro local, ainda em estudo, no âmbito da requalificação das margens do rio na zona do Flecheiro.
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