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Lixeira radical

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Parque de desportos radicais de Tomar está abandonado e cheio de lixo

O parque de desportos radicais de Tomar não é limpo há meses. Na câmara, os serviços não se entendem sobre de quem é a responsabilidade da limpeza.

A placa colocada numa das entradas do parque de desportos radicais de Tomar designa o espaço, financiado pelo Ministério do Planeamento e pela União Europeia (através do Feder), como “um projecto de valorização ambiental e patrimonial”. Mas o que se vê actualmente no recinto nada tem a ver com a preservação do ambiente e do património.Numa das entradas para utilização de skates, bicicletas BMX e patins em linha, a placa das recomendações foi vandalizada contendo “desinformações” em vez de informações. Foram substituídas letras, dando uma conotação diferente da inicial.É por isso que em vez de “informações” está escrito “deformações” ou que o número nacional de primeiros socorros tenha sido simplesmente retirado. E que o horário tenha sido alterado, indicando agora um funcionamento nocturno, das 00h00 às 03h00.Dentro do recinto o panorama é desolador. Não pela quantidade de grafittis, que aliás são imagem de alguns dos parques de desportos radicais existentes na região, mas pela sujidade do espaço. Há garrafas de plástico e de vidro (incólumes e partidas) por todo o recinto, copos de plástico, maços de tabaco vazios, latas de cerveja, papéis, plásticos, enfim, uma panóplia de lixo que cobre grande parte do recinto.Um recinto entregue a si próprio. Os dois portões, um de cada lado do espaço situado no Bairro da Nabância, estão abertos dia e noite, não havendo qualquer tipo de vigilância. Situação que, há cerca de um ano, trouxe alguns problemas a crianças e jovens que o frequentavam e que eram sistematicamente assaltadas por outros jovens.Desde então a utilização do parque tem sido mais escassa e quem vai fá-lo em grupo, para não ter problemas. E como o parque não é muito utilizado, pelo menos para os fins a que se destina, a limpeza do recinto ficou para segundo plano.A responsabilidade do parque de desportos radicais de Tomar é da câmara, diz o placarde informativo. Mas no que diz respeito à limpeza do recinto a situação é, no mínimo, dúbia. De acordo com a divisão de desporto do município, a gestão do parque é dividida entre si e a divisão de educação. “A manutenção do parque está a cargo da engenheira Ana Paula Andrade da divisão de educação”, disse ao nosso jornal uma técnica da divisão de desporto.Ana Paula Andrade confirma que a manutenção do recinto é da sua responsabilidade mas apenas no que diz respeito aos equipamentos e à vedação. E adiantou que ainda recentemente o sub-empreiteiro contratado pelo dono da obra, a empresa Aquino e Rodrigues, esteve no local a arranjar algumas coisas.A responsável dos serviços de educação diz não ser no entanto responsável pelos serviços de limpeza, que, segundo ela, deverão estar a cargo do sector de higiene e limpeza.Um dado que o vereador com o pelouro recusa. Ivo Santos afirmou a O MIRANTE que é a divisão de desporto a responsável pela limpeza do parque de desportos radicais. “A divisão de desporto tem pessoal afecto para isso, com um carrinho de limpeza específico e tudo. São os mesmos que limpam os parques infantis da cidade”, afirmou o vereador.O parque de desportos radicais de Tomar, financiado pelo Governo e pela União Europeia no âmbito de um projecto de valorização ambiental e patrimonial é neste momento uma terra de ninguém. Que só fere o ambiente e destroi o património.Margarida Cabeleira
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