“Escrever é o que mais gosto de fazer”, afirma Rui Marcelino que no sábado à tarde, apresentou publicamente no Palácio Galveias, em Lisboa, a sua primeira obra literária editada.“Sultão do Vale”, o título do livro, conta a história de “Sultão”, um cavalo que quando decide refugiar-se num local longínquo acaba por ser idolatrado pela população, sendo alvo de culto e de peregrinação. Através do temperamento do cavalo, Rui Marcelino retrata todo o comportamento humano.Rui Marcelino, 45 anos, nascido na Marmeleira, concelho de Rio Maior, viveu em Lisboa desde os 20 anos, tendo regressado a Santarém, em 1991, cidade onde fundou a empresa de que é sócio-gerente.A escrita acompanha-o desde cedo. Segundo conta, aos 22 anos escreveu o seu primeiro romance, nunca editado por ser autobiográfico. “Escrevi-o porque gosto muito de escrever, mas não tinha intenção de publicá-lo, nem antes nem agora. Para ser editado teria de ser reescrito”, diz o autor.Um projecto que para já não o preocupa porque tem outros livros em mente, um deles também já concluído. “O Sultão do Vale’ está acabado desde 2000, mas não foi fácil arranjar editora. Entretanto concluí ‘Coesos e Mandazes’ e tenho mais quatro ou cinco para escrever”, conta, acrescentando que a sua vida profissional já lhe permite despender algum tempo com a escrita. “Sem desprezar a minha actividade profissional o mais prioritário para mim é a escrita, que faço para mim e para os outros”.Encontrar uma editora para o livro agora saído à estampa ainda foi mais difícil porque tem 350 páginas. “Algumas editoras disseram que até 160 páginas seria mais fácil, mas com tantas tornava-se difícil”, recorda. Depois de várias diligências, a Editorial Minerva aceitou o desafio, dividindo os custos da edição com outra entidade que quer ficar no anonimato.“Sultão do Vale”, à venda em qualquer livraria, tem capa de Emília Gomes.