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Primeira versão voltou para trás

Orçamento da Câmara de Santarém não chegou a ser votado devido a críticas da oposição
A primeira versão do plano de actividade e orçamento da Câmara de Santarém para 2005 vai ser revista e corrigida, com os eventuais contributos dos partidos da oposição. A abordagem aos documentos feita na reunião do executivo de segunda-feira não foi muito simpática por parte dos partidos da oposição. Sem maioria absoluta e perante a ameaça de chumbo, o presidente da autarquia, Rui Barreiro (PS), aceitou levar outra versão dos documentos à reunião da próxima segunda-feira, que poderá contar com “contributos” da oposição.Para os documentos passarem na câmara, Rui Barreiro vai ter ainda de explicar onde vai arranjar os 63 milhões de euros previstos de investimento para 2005. Porque a oposição disse claramente que não acreditava em milagres e concluiu que as receitas estavam demasiado empoladas. Os últimos dados disponíveis, referentes a 2003, mostram que nesse ano as receitas não ultrapassaram os 34 milhões de euros. E em 2004 prevê-se que não andem muito longe desse valor. Em causa está sobretudo um montante de 15 milhões de euros de receitas que poderão advir de alienação de património municipal. Tanto José Marcelino (CDU) como Hélia Félix (PSD) quiseram saber em concreto que património estava em causa, mas não tiveram respostas conclusivas.Rui Barreiro disse pragmaticamente que “uma previsão de receitas é uma previsão de receitas”. Mas adiantou que há contactos para venda de terrenos municipais na cidade e em Pernes para instalação ou expansão de indústrias, “daí que haja um conjunto expectável de receitas previstas por essa via”.De resto, as críticas aos documentos foram as do costume. O PSD lamentou o aumento das despesas correntes (20% relativamente a 2003) e o decréscimo de investimento em áreas como a educação, desenvolvimento económico e saneamento básico. Hélia Félix considerou ainda escassa a verba de 226 mil euros para início da requalificação do Campo Infante da Câmara.José Marcelino afirmou que os documentos são um “plágio” de versões anteriores no que toca a projectos de investimento e lembrou que os duodécimos relativos às transferências para as juntas de freguesia não são actualizadas desde o anterior mandato. Rui Barreiro destacou como investimentos de maior relevância a construção do pavilhão desportivo da Escola Mem Ramires, do acesso sul à cidade e o início da requalificação do Campo Infante da Câmara. Mencionou ainda a requalificação de espaços urbanos em Pernes e Vale de Santarém.

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