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Mau ambiente em Minde

Moradores acusam junta de freguesia de depositar lixo a céu aberto

Há duas semanas, dezenas de crianças que frequentam a catequese na vila de Minde levaram para casa um panfleto onde se recomenda a separação dos lixos e a sua deposição nos ecopontos. Alguns pais dizem que a recomendação deveria ser feita à junta de freguesia, que continua a depositar lixo na via pública.

A Junta de Freguesia de Minde continua a depositar lixo na via pública, ao mesmo tempo que apela à melhoria da qualidade de vida dos residentes. É por isso que os pais de alguns alunos que frequentam a catequese na vila ficaram agastados com o facto de os filhos trazerem para casa um panfleto com recomendações caseiras sobre o meio ambiente.Dizem que o panfleto deveria era ser entregue à junta de freguesia, que consideram como uma das principais prevaricadoras no que ao meio ambiente diz respeito. “Mais do que saber da existência de lixeiras em Minde, a junta é uma das entidades que lá vai pôr lixo”, afirmou um morador que pediu para não ser identificado.Há cerca de um mês a reportagem de O MIRANTE pôde constatar a existência de uma nova lixeira por detrás do pavilhão desportivo da vila. Entre os vários detritos ali depositados há uma quantidade razoável de suportes plásticos para velas, dos que são usados nos cemitérios.“Este lixo é depositado aqui pelo pessoal da junta que limpa o cemitério”, acusa um morador. Uma situação que o presidente da junta de freguesia recusa. “Não acredito que sejam os empregados da junta a fazer isso, eles só têm autorização para ali depositar entulho”, refere.Em declarações ao nosso jornal, Luís Pires disse que deu indicações aos funcionários para depositar entulho por detrás do pavilhão municipal porque aquela zona vai ser toda limpa e requalificada antes da inauguração do pavilhão, prevista para Abril.E lança o contra-ataque: “Há por aqui muito boa gente que também lá vai pôr entulho e outras coisas mas fica escandalizada quando são os empregados da junta a fazê-lo”.Relativamente à lixeira situada na rua Curral do Pau, a que O MIRANTE já fez referência em 15 de Julho deste ano, o presidente da junta afirma ter dado conhecimento da situação à Câmara Municipal de Alcanena.“Disseram-me que assim que houvesse disponibilidade, a câmara enviaria para lá máquinas para limparem o espaço, mas sabe como estas coisas funcionam, não se pode estar em todo o lado ao mesmo tempo”, contemporiza Luís Pires.De acordo com o panfleto distribuído na catequese, existem quatro eco-pontos, cinco vidrões e três papelões em Minde. Ao que O MIRANTE apurou raramente enchem, talvez por ser mais fácil descarregar papelões, vidros e outros lixos simplesmente à beira da estrada.Sobre os conselhos dados pelas catequistas – separando o lixo o munícipe “está a contribuir para a desobstrução da via pública, requalificação do espaço urbano, redução dos impactos visuais negativos e melhoria da qualidade de vida” - os pais de alguns alunos referem que deveriam ser de imediato enviados à Junta de Freguesia de Minde e à Câmara de Alcanena. Porque, dizem, a Igreja também deve ter um papel activo não apenas junto da população mas também das entidades públicas. “As lixeiras são feitas por pessoas sem escrúpulos mas os responsáveis políticos, ao fecharem os olhos e não actuarem, estão a ser coniventes com a situação”, finaliza um dos pais, visivelmente agastado com a situação. Margarida Cabeleira

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