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Jogar pelo seguro

Câmara de Vila Franca equaciona mudança de companhia, insatisfeita com o serviço
A carteira de seguros do município de Vila Franca de Xira pode mudar de mãos. A autarquia está cansada das recusas da seguradora em assumir danos causados a terceiros. Uma munícipe sofreu um acidente e fracturou uma perna no mercado de Alhandra. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira apurou que o município teria responsabilidades e encaminhou o processo para a seguradora. A companhia demorou anos a resolver a situação e acabou por chegar a acordo com a vítima e pagar 17.500 euros. Uma tranqueira que servia de protecção nas largadas de toiros abriu-se e provocou danos a terceiros. A seguradora declinou responsabilidade porque “a tranqueira estava mal fechada”. Uma placa de identificação de um ecoponto caiu sobre um automóvel, a seguradora não assumiu o prejuízo porque a placa não estava bem afixada.Estes foram apenas alguns exemplos avançados pelos eleitos para justificar o seu descontentamento em relação ao comportamento da empresa que gere a carteira de seguros da câmara.“De que vale ter um seguro?”, questionou o vereador comunista José Neves na última reunião do executivo no dia 22 de Dezembro. O debate surgiu porque na ordem do dia estavam cinco processos em que a autarquia iria pagar indemnizações por danos que à partida deveriam estar assegurados nas apólices contratadas com a companhia de seguros.“As seguradoras estão sempre prontas para receber os prémios e nunca para pagar as indemnizações”, referiu a presidente da câmara. Maria da Luz Rosinha (PS) anunciou que um jurista da câmara vai avaliar a situação e fazer um levantamento de todos os seguros existentes.O vereador Vale Antunes (PS) explicou que manteve algumas reuniões “duras” com os administradores da Companhia de Seguros e garantiu que “a câmara não abrirá mãos das responsabilidades da seguradora” e irá manter as suas exigências.Rui Rei (PSD) salientou que a câmara deverá ser um cliente de excelência devendo ser tratado como tal. “Se esta companhia não serve, procure-se outra”, frisou.O vereador social-democrata acrescentou que os munícipes não devem ser prejudicados por estes impasses e que em casos mais graves a câmara deve avançar com o pagamento das indemnizações e lutar para ser ressarcida pela seguradora.O mesmo autarca lamentou ainda que, num dos processos, a câmara tenha evocado que desconhecia que um terreno, de onde se deslocou uma pedra que provocou danos a um morador, era propriedade municipal. “A câmara tem obrigação de conhecer o seu património, deve estar todo inventariado”, conclui.

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