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Peões fartos de apanhar sustos

Peões fartos de apanhar sustos

Na Rua de Salvaterra de Magos, em Coruche, passar para o outro lado é um desafio

Os sustos para quem atravessa a rua de Salvaterra de Magos, em Coruche, são uma constante. Os automobilistas não respeitam as passadeiras existentes e os moradores da zona exigem medidas antes que aconteça uma desgraça.

Os moradores da rua de Salvaterra de Magos, em Coruche, estão revoltados com a falta de segurança para os peões que circulam e atravessam aquela artéria movimentada da vila. Uma moradora está a promover um abaixo-assinado, que já conta com mais de 200 assinaturas, para que a autarquia coloque lombas ou sinalização semafórica junto a duas passadeiras, para corrigir a agressividade dos condutores e acabar com os sustos.Os veículos que chegam de Salvaterra de Magos entram em Coruche por aquela rua sem abrandar e as passadeiras de nada parecem valer. Para mais, a estrada passa por entre os prédios que vão encobrindo a passadeira até se estar a cerca de 15 metros de distância. E de muito pouco serve a sinalização de passagem para peões colocada em cima da “zebra”.Cerca de 100 metros adiante existe outra passadeira muito pouca respeitada. Os condutores vêm lançados desde a marginal de Coruche e pouco ligam às marcações horizontais.Lídia Neves, moradora num prédio da rua de Salvaterra de Magos, confessa estar cansada de tantos perigos a que as pessoas estão sujeitas e que também viveu na pele no último mês. “Num caso, quando ia a atravessar a estrada na passadeira, um condutor deu-me passagem mas outro que vinha atrás ultrapassou-o. Noutra ocasião vinha com o carrinho de bebé e tive de o puxar de repente, quando já ia a passar, para que não fosse atingido”, fez questão de recordar a O MIRANTE.No entender da Lídia Neves não será uma rotunda a construir entre a entrada pela EN 114-3 e o final da avenida do Castelo que irá resolver os problemas. Podem abrandar a velocidade num local, mas mantém-se o problema na passadeira mais adiante”, explica. Frequentador habitual do Café Marques, situado à beira da rua de Salvaterra, Fernando Falcão já apanhou um valente susto naquela artéria. “Vinha do lado contrário do café e quando ia já em metade da passadeira tive que saltar para trás, devido a um carro que ainda me deu um toque num pé”, recapitulou, acrescentando que ainda foi descomposto pelo condutor.Basta ficar algum tempo na rua de Salvaterra para verificar que são vários os carros que passam apressados, as motas em alta rotação e camiões que, com o peso que têm, são bem mais difíceis de parar quando seguem num ritmo elevado.Maria Teresa Martins, de 71 anos, mora numa casa do lado contrário do Café Marques e atravessa a rua diversas vezes por dia. Os sustos são uma constante e diz que atravessar na passadeira ou noutro ponto da rua é a mesma coisa.Todos defendem que ali devem ser colocadas lombas, antes de cada uma das passadeiras, assim como avisos para a passagem de peões. Em alternativa, sugerem a colocação de sinalização semafórica com controlo de velocidade.Lídia Neves expôs a situação na reunião da Câmara de Coruche de 15 de Dezembro e aguarda por respostas da autarquia com brevidade. Refira-se que, das quatro vezes num espaço de cinco minutos, que o repórter de O MIRANTE tentou atravessar a estrada nas duas passadeiras, em nenhuma lhe foi concedida passagem. Nem mesmo já com o pé em cima da “zebra”.Para os responsáveis da Câmara de Coruche, o assunto não constituiu novidade e o vereador com o pelouro do trânsito, Valter Barroso (PSD), referiu na reunião da autarquia que estava a ser estudada uma solução, mas que a responsável pela sua análise se encontra de baixa. O presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), reconheceu a dificuldade que constitui transitar na rua de Salvaterra de Magos e revelou que para o cruzamento junto à avenida do Castelo está prevista a construção de uma rotunda, ainda que não para breve.Quanto à colocação de lombas, Dionísio Mendes defendeu que os moradores daquela rua devem ser explícitos quanto a essa pretensão para que, caso a autarquia avance para a sua colocação, não se repitam situações em que já tiveram de ser retiradas “porque as pessoas não conseguiam dormir com o barulhos dos carros a passar naqueles obstáculos”, recordou.
Peões fartos de apanhar sustos

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