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Câmara socorre bombeiros

Acordo de colaboração garante mil euros mensais aos Voluntários de Constância

A Câmara de Constância vai dar mil euros por mês aos bombeiros locais para apoiar a gestão corrente da associação, que se confronta com dificuldades financeiras.

A Câmara de Constância assinou um acordo de colaboração com os bombeiros voluntários locais em que estipula e clarifica as comparticipações financeiras, as obrigações e deveres de cada uma das partes. A maior vantagem é o pagamento pelo município, até dia 25 de cada mês, de um subsídio de mil euros à associação para ajudar à gestão corrente.O acordo que entrou em vigor no dia 1 de Janeiro não traz grandes alterações ao que já vinha sendo praticado pela autarquia, mas tem a vantagem de sistematizar todas as comparticipações municipais e obrigações. Para Adelino Gomes, comandante dos bombeiros voluntários da vila, é principalmente importante saber-se que até ao dia 25 de cada mês chega a transferência de mil euros dos cofres municipais para a associação humanitária. “É do conhecimento público os problemas financeiros que os bombeiros de Constância viveram este ano. Tivemos de recorrer à banca, fazendo uma operação de factoring porque o sistema nacional de saúde deve à associação 150 mil euros. Agora sabemos que no dia 25 de cada mês recebemos o subsídio municipal”, afirmou o responsável.O acordo assinado no dia 29 de Dezembro, nos paços do concelho de Constância, contou com a presença do coordenador distrital da protecção civil e bombeiros, Joaquim Chambel, do representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, Carlos Pinheiro, para além do presidente da Câmara Municipal de Constância, António Mendes, do presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Constância, José Ramoa Ferreira, e do comandante dos bombeiros, Adelino Gomes.O subsídio destina-se a suportar despesas com a aquisição e manutenção de equipamento de combate a incêndios e socorro de pessoas e bens (600 euros) e com a administração e funcionamento administrativo (400 euros).Além deste subsídio mensal, o município suporta, como adiantamento, durante o período de incêndios, as refeições dos bombeiros envolvidos no combate aos fogos e o combustível gasto para abastecimento de viaturas. Esta verba poderá ser reposta após a associação receber da tutela o financiamento destinado aos mesmo fins.Cabe ainda ao município custear o fornecimento de água para consumo doméstico gasto pela Federação de Bombeiros do Distrito de Santarém, sediada nesta vila, bem como no edifício sede dos bombeiros e na secção de Santa Margarida. O abastecimento das viaturas de combate a incêndio que recorrem à rede pública será também suportado pela autarquia. Prática idêntica tem sido seguida pelas câmaras do distrito, mas até à data só Santarém, Ferreira do Zêzere e agora Constância formalizaram por escrito essas práticas. Torres Novas seguirá os mesmos passos durante este mês.A necessidade da comparticipação financeira por parte da Administração Central para pagamento aos bombeiros que formam o grupo de intervenção permanente (GPI) foi focada por Carlos Pinheiro. O representante da Liga Portuguesa de Bombeiros defende que o Estado em colaboração com as autoridades militares deveria criar grupos de intervenção permanente. “O Estado não se pode demitir desta matéria, tal como os partidos políticos de todos os quadrantes deviam olhar para os bombeiros com outros olhos e incluí-los nos respectivos programas políticos”.Os bombeiros de Constância possuem um grupo permanente de 18 homens especializado em combate a fogos químicos, operações de salvamento mais específicas. “É a associação que suporta todos os encargos, quando o Estado devia pagar 45 por cento, a autarquia outra parte e a associação o restante”, esclarece Adelino Gomes, concordando com a posição defendida por Carlos Pinheiro.Do protocolo constam também outras comparticipações que serão deliberadas caso a caso pelo executivo camarário. “Sabemos que a secção de Santa Margarida funciona em condições precárias”, afirmou o presidente da câmara. António Mendes prometeu que o município “fará tudo o que está ao seu alcance” para melhorar as condições e ir ao encontro do que se pretende. Margarida Trincão

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