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Uma rua que é um “inferno”

Autocarros de passageiros não dão descanso aos moradores da Rua Duarte Pacheco Pereira
O presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau pediu à Câmara de Santarém para inverter o sentido do trânsito na Rua Duarte Pacheco Pereira, no centro da cidade, para evitar os transtornos que a constante circulação de autocarros da Rodoviária do Tejo provoca aos moradores da zona.Os autocarros dos transportes urbanos utilizam habitualmente essa rua quando saem da gare para se dirigirem para zonas como as de São Domingos ou do hospital. A rua, de sentido único, funciona como uma espécie de atalho que permite ganhar alguns metros e tempo aos motoristas, situação que não é do agrado de quem ali vive. Se o sentido fosse invertido deixava de ter utilidade para os autocarros de passageiros.Luís Arrais recordou, na sessão da assembleia municipal de 29 de Dezembro, que as queixas dos residentes – referentes ao ruído, fumo e trepidação - já se arrastam há três anos sem que a situação se resolva. No Verão de 2003, a Câmara de Santarém proibiu a circulação de autocarros entre as 22h00 e as seis da manhã, para que os moradores possam passar a noite sem acordarem sobressaltados com o ronco dos motores. Mas a solução é encarada como um mal menor e o autarca de São Nicolau garante que alguns autocarros não respeitam o horário e continuam a passar por ali a horas impróprias.A situação entretanto agravou-se há alguns meses, desde que começaram as obras no Largo Cândido dos Reis. Segundo Luís Arrais, os autocarros que anteriormente utilizavam essa zona para se dirigirem para os bairros periféricos flectem agora todos para a Rua Duarte Pacheco Pereira, indo desembocar no cruzamento junto à Sub-Região de Saúde e ao antigo dispensário.O autarca pediu à câmara para ponderar a possibilidade de os autocarros voltarem a poder virar à esquerda à saída do terminal rodoviário, seguindo no sentido inverso ao trânsito até ao cruzamento em frente à Direcção de Finanças. Uma solução que já esteve implementada até há cerca de três anos. Foi aliás desde que essa alternativa foi banida que os autocarros passaram a circular com regularidade pela Rua Duarte Pacheco Pereira.Recorde-se que já no início de 2003 os moradores da rua pediram à câmara para que fosse vedado o trânsito na rua a veículos pesados. Na altura, o vereador do Trânsito da autarquia, Manuel Afonso, afirmou a O MIRANTE que, caso os motoristas persistissem em transitar nesse trajecto, ver-se-ia obrigado a levar uma proposta ao executivo no sentido de encerrar a circulação a pesados.Uma medida que nunca foi tomada. Na edição de 27 de Fevereiro de 2003, Maria Graciette Santos, falando em nome dos moradores, afirmava que a passagem ininterrupta de autocarros entre as seis da manhã e as 22h00 “faz da rua um autêntico inferno”. E as queixas mantêm-se.A exposição feita por Luís Arrais não mereceu qualquer resposta objectiva por parte do presidente da câmara, ou do vereador do Trânsito.

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