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Pancada nas bancadas acabou com o futebol

U. Santarém e Amiense empatam num jogo marcado pela violência fora do campo

Num jogo em que alguns adeptos preferiram andar à pancada, o resultado da partida quase fica relegado para segundo plano. União de Santarém e Amiense empataram a um golo, resultado que se aceita, mas que podia ter pendido para qualquer dos lados. Oportunidades não faltaram numa e noutra baliza.

O União de Santarém - Amiense, que se realizou domingo, no Campo Chã das Padeiras, em Santarém, ficará para sempre marcado pelos graves desacatos registados fora das quatro linhas (ver página 52).No futebol jogado, o empate a um golo aceita-se como justo, apesar da vitória ter estado mais perto da equipa da casa, que sofreu o golo do empate aos 89 minutos. No entanto ainda faltavam jogar quase 25 minutos, uma vez que o jogo esteve interrompido 18 minutos e o árbitro deu mais seis de desconto.O Amiense foi a equipa que entrou melhor em campo e dominou os primeiros dez minutos. Nesse período a melhor oportunidade pertenceu a Jorge Humberto, que na marcação de um livre directo em posição quase frontal, obrigou Sérgio a uma excelente intervenção.Na resposta, Paulo Ribeiro, à meia volta, fez a bola rasar o ângulo superior esquerdo da baliza de Galrinho. A partir daí os escalabitanos passaram a ser mais perigosos e pertenceu-lhes o domínio até ao intervalo. Como consequência lógica, aos 40 minutos, Gígio arrancou um excelente cruzamento da direita e Paulo Ribeiro, em posição frontal, sem deixar cair no chão, rematou para o fundo da baliza, fazendo o primeiro golo da partida.O descanso chegou pouco depois e a segunda parte não trouxe nada de novo até às cenas de violência na bancada que interromperam o jogo durante 18 minutos. A paragem enervou os jogadores da casa e acabou por favorecer a equipa visitante que, aos 89 minutos chegou ao empate.O lance começou num canto marcado por Tigas, a bola foi desviada ao primeiro poste e ressaltou para o ferro contrário onde surgiu Nelson, a encostar o pé e fazer o golo. Os jogadores unionistas protestaram que a bola saiu das quatro linhas mas o lance foi muito rápido e ninguém poderá garantir que saiu ou não. Só mesmo com a repetição na televisão, pelo que o árbitro e o auxiliar, que validaram o golo merecem o benefício da dúvida.Antes do jogo terminar, houve mais três oportunidades de golo. Gígio, numa bela iniciativa individual entrou na área e obrigou Galrinho a complicada defesa. Na resposta Nelson podia ter bisado mas cabeceou a rasar o poste do União de Santarém e, mesmo a terminar, o experiente Pedro Silva falhou escandalosamente um golo “feito”. Sozinho em frente à baliza, não conseguiu desviar a bola para o fundo das redes.Palavra final para o trio de arbitragem. Eduardo Seixas Carlos e seus auxiliares realizaram uma actuação sóbria e quase sem erros, tentando alhear-se ao que se passou nas bancadas. Referência especial para o jovem Gonçalo Bernardo, auxiliar que actuou do lado da bancada onde se verificaram as cenas de violência, e que mostrou “coração”, sobretudo na segunda parte quando o ambiente começou a escaldar.Há quem defenda que Eduardo Seixas Carlos é um dos principais candidatos à subida aos nacionais e, jogo após jogo, as suas exibições vão demonstrando que tem qualidade para voos mais altos.

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