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Portugal com a pior classificação de sempre

Portugal com a pior classificação de sempre

Bulgária venceu o V Torneio Internacional de Futebol do Vale do Tejo

A edição de 2005 do torneio de futebol do Vale do Tejo foi de verdadeiros empatas. Os quatro jogos realizados terminaram todos empatados, o que obrigou a que a classificação fosse decidida por grandes penalidades. Na final a Bulgária venceu a Eslováquia e arrecadou um título que nos três últimos anos tinha sido conquistado por Portugal.

A Bulgária foi a vencedora da V edição do Torneio Internacional de Futebol do Vale do Tejo para selecções masculinas “BB”, que se disputou nos dias 18 e 20 de Janeiro, no distrito de Santarém. Foi um torneio de empates, em que nenhuma equipa conseguiu a vitória durante o tempo regulamentar dos jogos. Os búlgaros foram os mais felizes e venceram na lotaria das grandes penalidades, primeiro Portugal e depois na final a Eslováquia.Na quinta-feira, no jogo da final disputado em Fátima, depois de um empate 1-1 no tempo regulamentar, a Bulgária venceu 4-3 no desempate por grandes penalidades. Mais tarde em Abrantes, Portugal também não fez melhor do que um empate 1-1 frente à Eslovénia, e no final do jogo a organização decidiu atribuir o terceiro lugar às duas equipas, dispensando a transformação de grandes penalidades. Portugal contou assim com a sua pior classificação de sempre no torneio, que já venceu por três vezes.Tal como já tinha acontecido na primeira jornada – aquando do nulo com a Bulgária – em Abrantes, Portugal voltou a não conseguir vencer, agora a Eslovénia. E, mais do que isso, a exibição da equipa das quinas ficou muito longe de ser positiva. Contudo mesmo fraquinha a actuação do conjunto português podia ter sido suficiente para vencer, tantas foram as oportunidades flagrantes desperdiçadas ao longo do jogo.Os eslovenos, mesmo apresentando alguns atletas de boa capacidade técnica, nunca formaram um bloco muito poderoso. Apresentaram um futebol organizado, é certo, mas sempre perfeitamente ao alcance de uma selecção B de Portugal, se esta tivesse tido uma actuação dentro dos seus pergaminhos ou na sua máxima força.Mas o treinador, Agostinho Oliveira, não conseguiu, devido a vários condicionalismos, construir uma verdadeira equipa que possa ser um prelúdio ou o lançamento para a Selecção A. Assim, embora destacando as exibições pouco conseguidas, há que referir as dificuldades do seleccionador para formar uma equipa mais sólida e eficiente. Por todas estas situações, voltou à baila a data de realização deste torneio, que não há dúvida de que tem objectivos válidos, mas necessita de ver revista a data da sua calendarização. Não pode continuar a ser realizado no meio da época, entre jogos para o campeonato, o que impede uma maior possibilidade de escolha e preparação da equipa e evita uma maior motivação dos jogadores.“Goleada” de oportunidades perdidasEm relação ao jogo, a Eslovénia adiantou-se no marcador à passagem dos 27 minutos. Uma falha da defesa portuguesa, permitiu que Sebastian se isolasse e atirasse fora do alcance de Bruno Vale. Portugal reagiu e passou a dominar, mas sem nunca conseguir concretizar as oportunidades que ia conseguindo criar.Para a segunda parte, Agostinho Oliveira rejuvenesceu as alas com duas substituições. Entraram Fábio Felício e Edgar Marcelino, saíram Manuel José e César Peixoto, e Portugal cresceu. O futebol passou a ser muito mais fluído. Funcionou a aposta nas trocas de bola em progressão, e aos 55 minutos, Fábio Felício aproveitou um grande corredor que se abriu à sua frente, entrou com a bola controlada, ultrapassou três adversários e à entrada da área rematou forte sem hipóteses para o guarda-redes esloveno. Depois o triunfo esteve por muito pouco. Já perto do fim, Lourenço atirou com estrondo à barra e depois Tonel esteve por duas vezes isolado, mas atirou para a defesa do guarda-redes. Como já se disse a organização decidiu não proceder à marcação de grandes penalidades.A classificação do torneio ficou assim ordenada: 1º Bulgária; 2º Eslováquia; 3ºs Portugal e Eslovénia. Os prémios especiais foram para Manuel Fernandes (melhor jogador do torneio), Emil Petrov, da Bulgária (melhor guarda-redes), e para a selecção portuguesa, que recebeu o prémio “fair play”. Empate que sabe a poucoO treinador português, Agostinho Oliveira, apresentou-se conformado na conferência de imprensa. “Ficámos em terceiro, não é mau de todo”, ironizou. Depois, mais a sério, disse que neste jogo a sua equipa, apresentou um conjunto com muitos jogadores jovens. “Metade são dos sub-21, e em termos competitivos, se a derrota de Rio Maior já tinha sido injusta, esta hoje foi ainda mais. O empate acabou por saber a muito pouco”, disse. Mas Agostinho Oliveira referenciou ainda a competitividade do torneio, onde apenas se registaram empates, sinónimo do equilíbrio entre as equipas.Presidente da Associação de Futebol de Santarém satisfeito com torneioManuel Fernandes eleito o melhor jogadorNo final da quinta edição do Torneio Internacional do Vale do Tejo, Rui Manhoso, presidente da Associação de Futebol de Santarém (AFS), disse estar satisfeito pelo êxito alcançado na organização de mais um importante evento desportivo no distrito de Santarém.“Não podemos confundir os resultados desportivos menos positivos alcançados por Portugal nos dois jogos, com o inegável êxito de organização, reconhecido por todas as delegações presentes entre nós” salientou o presidente da AFS, entidade organizadora do Torneio do Vale do Tejo, desde a sua primeira edição, em 2001.“Este ano, o equilíbrio foi a nota dominante e cedo se percebeu a intenção das selecções que nos visitaram em quebrar o domínio da nossa selecção neste torneio. A um mês do início da prova enviaram responsáveis federativos para preparar o terreno, visitando os estádios onde iriam jogar, campos de treino e as unidades hoteleiras que seriam mais tarde os seus quartéis-generais”, disse Rui Manhoso, em declarações ao site da associação (www.afsantarem.pt).Rui Manhoso entende, contudo, ser necessário encontrar junto da Federação Portuguesa de Futebol um novo enquadramento temporal para o torneio, realizando-o numa época em que os clubes não se sintam penalizados com a dispensa dos seus principais jogadores e que estes possam ser cedidos, sem qualquer tipo de contrapartida, à Selecção ‘BB’, um grupo de trabalho criado como observatório técnico de novos valores para servirem, num curto espaço de tempo, a Selecção ‘AA’.
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