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Homenagem a um político exemplar

Homenagem a um político exemplar

Actualidade do pensamento de Passos Manuel debatido em congresso em Santarém
O presidente da Assembleia da República esteve na sexta-feira em Santarém para participar na cerimónia de abertura do congresso internacional que assinalou os 200 anos do nascimento de Passos Manuel. Mota Amaral elogiou o político e estadista oitocentista, um dos expoentes do liberalismo cujas reformas ainda hoje têm reflexos no nosso país.Mota Amaral lembrou que foi Passos Manuel quem criou os liceus, as escolas a politécnicas de Lisboa e do Porto, ou o teatro nacional que veio dar origem ao D. Maria II, entre outros exemplos. “Deixou na sua curta vida um exemplo de cidadania que impressionou os seus contemporâneos. Acreditou num Portugal de sucesso”, afirmou o presidente da Assembleia da República, que no final da sessão de abertura depositou um ramo de flores junto à estátua evocativa de Passos Manuel, em frente ao Governo Civil de Santarém.Mota Amaral foi um dos poucos políticos de dimensão nacional presentes nos trabalhos, apesar da obra deixada pelo homenageado. Um facto “espanta, choca” e “preocupa” se corresponder a um pensamento de quem “já tem a verdade e experiência feita” e dispensa “maior enriquecimento de ideias”, disse à Lusa Pedro Canavarro, trineto de Passos Manuel e presidente da Fundação Passos Canavarro.“Passos Manuel - cidadania, iberismo, europeísmo” foi o título escolhido pela Fundação Passos Canavarro para o congresso promovido pela Câmara de Santarém, em colaboração com o Governo Civil, o Instituto Politécnico, o Arquivo Distrital e a Casa da Europa do Ribatejo.As comemorações do bicentenário de Passos Manuel vão prolongar-se até 18 de Janeiro de 2006, dia em que estreará, em Santarém, o “requiem” que a Fundação Passos Canavarro encomendou ao compositor e historiador Eurico Carrapatoso.Entregue à Orquestra Nacional do Porto - falta apenas encontrar o coro -, o concerto será depois repetido em Lisboa - “desejavelmente na Assembleia da República” - e no Porto, disse Pedro Canavarro.Manuel da Silva Passos nasceu em S. Martinho de Guifões, concelho de Bouças, distrito do Porto, em 5 de Janeiro de 1805 e faleceu em Santarém a 16 de Janeiro de 1862.Bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra, foi advogado, deputado em diversas legislaturas, ministro de Estado, Par do Reino e, na fase final da vida, governador civil de Santarém.
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