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Bombeiros não estão preparados para intervir na A13

Bombeiros não estão preparados para intervir na A13

Plano de intervenção e emergência foi feito na véspera da abertura da nova travessia
O plano de intervenção e emergência no troço da Auto-Estrada 13, entre Almeirim e Santo Estêvão (Benavente), foi feito na véspera da sua abertura ao trânsito. Por isso os bombeiros não tiveram tempo de testar as situações no terreno. As corporações de Almeirim, Salvaterra de Magos e Benavente têm falta de meios e alguns estão desadequados para intervir neste novo cenário. Segundo o coordenador distrital do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, o plano foi feito durante o fim-de-semana porque a Brisa só entregou os dados técnicos da auto-estrada na sexta-feira, 28 de Janeiro. Joaquim Chambel confirma que o plano só ficou pronto na segunda-feira à tarde, a poucas horas da inauguração, numa reunião com os comandantes de bombeiros da zona.Para o segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Benavente, José Parracho, o plano, que define a forma de actuação em caso de emergência, devia ter sido feito com mais antecedência. Por isso, e pelo facto de não ter todos os meios adequados, sublinha que “neste momento não estamos preparados a cem por cento”. A corporação dispõe de uma viatura de desencarceramento velha e desadequada. O carro usado para libertar feridos presos nas viaturas só transporta três bombeiros, quando as normas exigem que a tripulação seja de cinco elementos. O novo carro está a ser construído e só deve estar pronto daqui por mês e meio.O comandante de Salvaterra de Magos também está apreensivo quanto à capacidade de resposta da sua corporação, que tem um equipamento de desencarceramento com mais de 20 anos e que “é pouco fiável”. Das duas ambulâncias de socorro que dispõe, a mais nova tem oito anos e milhares de quilómetros. Em Almeirim, há anos que os voluntários locais pedem um reforço da formação dos bombeiros e de meios, entre os quais uma ambulância de emergência médica, devido ao aumento de ocorrências que se têm registado. Se até agora os meios já eram poucos para o volume de serviço, com a nova auto-estrada, que significa mais um ponto de risco, os meios fazem ainda mais falta, segundo confirmou o ajudante de comando dos Voluntários de Almeirim, Jorge Costa. José Parracho defende que o reequipamento dos corpos de bombeiros que estão na área da A13 já devia ter sido feito há muito tempo. O ideal era ter acontecido antes da abertura ao tráfego.Recorde-se que a elaboração dos planos de emergência para novas vias de comunicação, em cima da hora, já não é novidade. Aconteceu o mesmo em Junho de 2000 com a ponte Salgueiro Maia. Os bombeiros nunca foram consultados sobre as questões de segurança no decorrer da obra e a primeira reunião para elaboração do plano aconteceu cinco dias antes da inauguração.
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