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Estado quebra acordos com Hospital de Alcanena

Estado quebra acordos com Hospital de Alcanena

Administração Regional de Saúde vai transferir doentes para outras unidades

Os doentes internados no Hospital de Alcanena através do Serviço Nacional de Saúde vão ser transferidos para outras unidades da região. A decisão da Sub-Região de Saúde de Santarém surpreendeu a entidade que gere o hospital.

A Sub-Região de Saúde de Santarém suspendeu todos os acordos que mantinha com o Hospital de Alcanena, por irregularidades no cumprimento da convenção estabelecida entre as duas entidades. Os doentes internados, através do Serviço Nacional de Saúde, serão transferidos para outras unidades da região. Naquele estabelecimento hospitalar continuarão, para já, a ser ministrados cuidados a pacientes de outros sistemas de saúde.A quebra do acordo que a Sub-Região de Saúde mantinha desde 1987 com o hospital de Alcanena, pertença do Centro de Bem Estar Social de Alcanena (CBESA), deveu-se a irregularidades detectadas no final da década de 90, disse Fernando Afoito, coordenador da Sub-Região a O MIRANTE.Sem querer especificar que tipo de irregularidades foram detectadas, Fernando Afoito adiantou que o processo, que inclui uma queixa-crime contra terceiros, encontra-se em segredo de justiça. Informou também que a intenção de cessar a convenção já tinha sido comunicada ao hospital em Agosto, mas só agora as averiguações foram concluídas.A comissão provisória que actualmente dirige o CBESA ficou surpreendida com a decisão e já a contestou. Maia Pinto, um dos elementos dessa comissão, disse que não entende a forma precipitada com que tudo foi feito. “Baseiam a decisão na acta de uma reunião de que nós nem temos conhecimento para poder contestar”, afirmou. E prosseguiu: “Não duvido que tenha havido irregularidades há vários anos com a secção de fisioterapia, mas não é motivo para, de um momento para o outro, quebrarem os acordos”.Quanto à informação de Agosto referida por Fernando Afoito, Maia Pinto diz que o CBESA respondeu e solicitou uma reunião que nunca foi agendada. “Não é verdade que não respondemos, enviamos um fax na altura”, afirma.Enquanto a situação não se resolve, os doentes internados serão transferidos para o Centro Hospitalar do Médio Tejo, para o hospital do Entroncamento, pertença do Santa Casa da Misericórdia local, e para o lar do CBESA, consoante o seu estado clínico.Fernando Afoito adiantou que não está excluída a hipótese da Administração Regional de Saúde fazer novos acordos com o CBESA quando existirem órgãos sociais eleitos. Facto que poderá acontecer em Março, quando deverão ser realizadas as eleições.Recorde-se que o Centro foi alvo de um processo judicial que resultou na demissão e exoneração dos órgãos sociais. Na sequência desse processo foi nomeado um administrador judicial, Maia Pinto, e duas técnicas da Segurança Social, Maria Amália Morgado e Paula Morais. São estas pessoas que passaram a integrar a comissão provisória que no prazo de um ano tem por tarefa convocar eleições. A assembleia geral que abrirá o processo eleitoral está marcada para 26 de Fevereiro.Margarida Trincão
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