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Requalificação da Vala de Alpiarça em ponto morto

Requalificação da Vala de Alpiarça em ponto morto

Única obra feita até ao momento já tem sinais de degradação

A valorização turística da Vala de Alpiarça está atrasada. Apenas foi feito um trilho na margem, que está ao abandono há quase um ano. Se os trabalhos não avançarem pode faltar dinheiro para a última fase do projecto.

O gestor do programa Valtejo não está satisfeito com o andamento da empreitada de valorização turística da Vala de Alpiarça. António Marques, que gere os fundos disponíveis naquele programa de financiamento tutelado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo, diz que o andamento dos trabalhos está “longe das expectativas. A Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT), dona da obra, justifica os atrasos com alterações ao projecto.Desde Abril de 2004 que não há intervenção na vala, no troço entre Almeirim e Alpiarça. O trilho para bicicletas e peões ao longo da margem, ligando as duas localidades, está cheio de erva e com aspecto degradado. A construção das duas pontes e três passadiços previstos para esse trajecto só deve arrancar nos próximos meses, justifica o administrador da CULT, António Torres. Segundo explicou a O MIRANTE, houve uma suspensão dos trabalhos porque o empreiteiro sugeriu uma alteração ao projecto ao nível das fundações das pontes e passadiços. Estavam previstos pilares a uma profundidade de cinco metros, que, aceite a sugestão, passarão a ter 19 metros de profundidade. António Torres garante que esta alteração representa um custo de mais 20 mil euros num projecto que ronda um milhão de euros. Investimento que, em seu entender, não é muito elevado, atendendo-se a que as fundações com 19 metros garantem maior estabilidade das estruturas numa zona de cheias. Apesar do programa Valtejo não financiar esta fase das obras, está previsto o apoio para a última intervenção, que é a ligação da vala às zonas urbanas de Alpiarça e Almeirim. O que inclui a recuperação de caminhos de acesso, melhoramentos no mercado de fruta do Carril (Alpiarça), entre outros. Segundo António Marques, “há atrasos que não se justificam”, dando a entender que a coordenação dos trabalhos não foi a melhor. E justifica que o trilho e a construção das pontes e passadiços deviam ter sido feitos em simultâneo. Senão, diz, “enquanto umas obras arrancam as outras já estão a precisar de intervenção porque ficaram ao abandono”.O gestor do programa Valtejo acrescenta que não se pode estar à espera eternamente pela conclusão das obras de valorização da vala, correndo-se o risco de depois não haver dinheiro para fazer a última fase (ligação às malhas urbanas). O administrador da CULT, António Torres, garante que as obras vão arrancar e que devem estar prontas em Agosto. E assegura que a recuperação do trilho vai ser feito sem custos adicionais. Neste momento já foram gastos 600 mil euros na construção do trilho, faltando cerca de 400 mil euros para as pontes e passadiços. Obras que são financiadas a 75 por cento pelo Programa Operacional do Ambiente. António Torres admite que a obra apresenta um estado que não é agradável à vista, mas diz-se empenhado em terminar o projecto para ser entregue às câmaras de Almeirim e Alpiarça. Recorde-se que o projecto de aproveitamento turístico da Vala de Alpiarça começou a ser posto em prática após uma operação de limpeza que custou 1,5 milhões de euros, dos quais 50 por cento foram financiados pelo Valtejo. Os trabalhos de limpeza iniciaram-se em Novembro de 2000 e decorreram ao longo desse ano.
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