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Uma pessoa de respeito

Tribunal de Tomar ouviu testemunhas de defesa que elogiaram a postura de António Fidalgo
Três testemunhas abonatórias disseram na sessão de segunda-feira que o ex-vereador da Câmara de Tomar, António Fidalgo, acusado de coacção sexual por quatro funcionárias da autarquia, é uma pessoa respeitável. Entre as testemunhas ouvidas estava o governador civil de Santarém, Mário Albuquerque, com mandato suspenso por ser candidato do PSD às próximas eleições legislativas. O testemunho mais efusivo foi o de Túlia Sá Correia, que colaborou com o arguido na elaboração da carta escolar do concelho de Tomar. Dizendo conhecer António Fidalgo há cerca de 30 anos, assegurou que o ex-autarca sempre teve um comportamento de respeito para com ela. E rematou com a expressão: “sou mulher, não sou estúpida”. Túlia Sá Correia, professora aposentada, acrescentou que fez várias viagens com o arguido a Lisboa. Nessas deslocações, assegurou perante o colectivo de juízes, nunca se verificou qualquer tipo de comportamento menos próprio. “É um verdadeiro cavalheiro”, comentou. A testemunha garantiu também que se houvesse ruídos no gabinete do vereador qualquer pessoa podia ouvir, quer no corredor e escadas, quer no gabinete. E seguindo a lógica de que não acredita em eventuais assédios por parte de António Fidalgo no local de trabalho, sublinhou que no espaço de quatro a seis metros quadrados de gabinete “não podia haver muitas movimentações”. Mário Albuquerque fez o seu depoimento em poucos minutos, limitando-se a dizer que António Fidalgo, que conhece há cerca de 20 anos, “é uma pessoa com uma postura social exemplar”. E recordou que participou em várias reuniões com o arguido na presença de mulheres e nunca sentiu qualquer gesto estranho da sua parte. Antes tinha sido ouvido Manuel Alcobia Batista, que colaborava com o ex-vereador na realização do congresso da sopa e outras iniciativas. Disse que “parecia haver um clima de amizade no serviço” e que nunca assistiu a nenhum episódio de assédio protagonizado pelo autarca. Acrescentou que eventuais cenas de assédio ou coacção sexual no gabinete podiam ser facilmente detectadas. Nesta altura faltam ainda ouvir 13 testemunhas. O julgamento já dura há quase um ano. A próxima sessão está marcada para 21 de Fevereiro. O tribunal decidiu convocar todas as testemunhas que ainda não foram ouvidas.

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