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Consórcios preteridos nos Cirver vão impugnar escolha do Grupo Mello

Os consórcios preteridos no concurso para a construção dos centros para valorização e tratamento de resíduos perigosos (CIRVER) - um dos quais está previsto para o concelho da Chamusca -, vão impugnar a escolha do Grupo Mello, considerando “extremamente grave” que no conjunto de peritos estejam elementos ligados ao grupo vencedor.Estes consórcios afirmam que no grupo de peritos contratados pela comissão de análise do concurso estão elementos que colaboram ou colaboraram recentemente com empresas do Grupo Mello - classificado em primeiro lugar.Em comunicado, os consórcios preteridos no processo de avaliação provisória do concurso de licenciamento da instalação e exploração dos Centros Integrados de Recuperação, Valorização, Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER) anunciaram que “estão a organizar processos de impugnação com providência cautelar”.Para tal, aguardam apenas os resultados das reclamações que entregaram na passada sexta-feira no Instituto de Resíduos.Segundo os queixosos, Júlio Maggiolly Novais e Susete Martins Dias, que integram esse grupo de peritos, estão, ou estiveram recentemente, ligados a processos de investigação financiados por empresas do grupo Mello.Os consórcios afirmam ainda que tanto o presidente da Comissão de Análise, Pedro Serra, como o vice-presidente do Instituto de Resíduos, Francisco Borracha, “têm conhecimento dessa ligação”.Entretanto, já pediram audiências aos principais partidos políticos para lhes expor o que consideram ser “um processo muito pouco claro e claramente muito pouco profissional de enquadrar as avaliações das propostas”.Estes candidatos à construção e exploração dos CIRVER consideram também que a escolha do vencedor foi “apressada”, estranhando a rapidez como decorreu a análise final dos projectos, “em sete dias”, dada a sua complexidade.Em declarações anteriores à Agência Lusa, o presidente da comissão de análise afirmara que “os projectos foram analisados logo a partir de 22 de Novembro, último dia para a apresentação de candidaturas, e não apenas desde 19 de Janeiro”, dia em que terminava o prazo para entrega de documentos adicionais.“Ou seja, analisámos as candidaturas durante dois meses”, reiterou.Mas entretanto, os consórcios preteridos vieram afirmar que “consultadas as actas da Comissão, não só se conclui que esta só começou a avaliar os processos depois de dia 19 de Janeiro, como não foi formalmente requisitada a colaboração de peritos”.Os consórcios apontam ainda “uma série de erros na avaliação da proposta que ficou em primeiro lugar”, como por exemplo o facto de não apresentar “documentos fundamentais exigíveis pelo programa do concurso”, apresentados por outros concorrentes que tiveram notas mais baixas.A Agência Lusa tentou contactar o presidente da comissão de análise do concurso, Pedro Serra, mas tal não foi possível em tempo útil.No dia 27 de Janeiro, a comissão de análise apresentou e comunicou aos sete concorrentes o relatório provisório, no mesmo dia em que o ministro do Ambiente, Nobre Guedes, afirmava que já tinha sido escolhido o consórcio vencedor, mas sem o revelar.Lusa

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