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Novo centro comercial sem acesso para deficientes

Novo centro comercial sem acesso para deficientes

Piso principal do Atrium Azambuja não tem rampa ou elevador

O piso principal do novo Centro Comercial Atrium Azambuja, no centro da vila, inaugurado há dois meses e meio, não tem acesso para pessoas com deficiência ou com dificuldade de locomoção. É neste patamar do edifício, o piso 1, que ficam localizados os cafés, as casas de banho e algumas lojas do complexo comercial.

As pessoas em cadeira de rodas ou que transportem crianças em carrinhos podem apanhar o elevador no piso inferior do shopping, junto ao estacionamento, mas o ascensor só dá acesso ao segundo andar, onde estão situadas as restantes lojas do centro comercial. Para descer até ao piso dos cafés é preciso ultrapassar uma escadaria, que apesar de não ser muito longa torna a vida difícil a quem depende de um cadeira para se deslocar ou empurra um carro de bebé.Que o diga Sérgio Cabral, 24 anos, que já desistiu de visitar o centro transportando a sua sobrinha no carrinho de bebé. Da primeira vez o jovem entrou pelo parque de estacionamento do edifício e foi seguindo as indicações de uma cadeira de rodas e de um carrinho de bebé desenhados no chão. Até que reparou que o elevador não parava no piso 1.Uma jovem que se desloca em cadeira de rodas e que está ao cuidado da mãe de Sérgio Cabral sente o mesmo problema. “Só se for transportada em mãos”, ilustra. Sérgio Cabral considera ainda que a alternativa do elevador junto ao estacionamento também não é a melhor solução.O curto espaço entre os dois patamares do edifício, construído em degradé, não permite que o elevador faça uma paragem no primeiro piso e a construção de uma rampa está fora de questão porque seria necessário que tivesse uma inclinação de sete por cento, o que obrigaria a um prolongamento demasiado grande.O elevador que serve os apartamentos situados nos pisos superiores do edifício dá acesso a esse piso, mas a entrada só é acessível aos condóminos do prédio.O projecto inicial do centro comercial (aprovado antes da publicação da legislação que obriga os espaços públicos a garantir o acesso a pessoas com deficiência) previa a existência de uma rampa que ajudaria pessoas com limitações físicas a superar a distância que separa os dois patamares, cerca de 1,10 metros, mas com a criação da sala de cinema no edifício essa hipótese ficou de lado, como admitiu ao nosso jornal o promotor do projecto, Orlando Monteiro.Para resolver o problema o empresário decidiu colocar uma plataforma elevatória, que ainda não foi instalada. Apesar de reconhecer que seria importante facilitar o acesso a pessoas com dificuldades de locomoção, Orlando Ribeiro confessa que não sabe até que ponto se justificaria a colocação desta estrutura. “Estamos a ponderar custos. A plataforma elevatória custa o dobro do preço de um elevador”, analisa. Ana Santiago
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