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Contestação e agressões

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Ouriquense empatou (1-1) com o Coruchense mas manteve o primeiro lugar

O Ouriquense foi a Coruche mostrar porque é o líder da primeira divisão distrital. Empatou 1-1 frente a uma excelente equipa do Coruchense mas falhou várias oportunidades. O jogo ficou ainda marcado por muita contestação ao trio de arbitragem, com um dos auxiliares a ser agredido no final do jogo.

Coruchense e Ouriquense protagonizaram este domingo, no Campo Horta da Nora, em Coruche, uma partida cheia de interesse e com grande espectáculo, com os jogadores a empenharem-se e a conseguirem criar vários lances de grande perigo junto de uma e de outra baliza. Pena foi que a equipa de arbitragem, chefiada pelo jovem Adelino Crespo, tenha sentido em demasia a responsabilidade do jogo e não tenha conseguido uma actuação condizente com a qualidade da partida e a entrega dos jogadores. Mas também teve o azar de não contar com a ajuda do treinador Luís Sobrinho, que com um comportamento muito criticável, tudo fez para voltar o público contra o árbitro e os seus auxiliares. E o jogo até começou por prometer. O Ouriquense entrou melhor e empurrou o Coruchense para perto da sua área. Rebita abriu as hostilidades e, logo aos oito minutos, disparou forte mas a bola passou a poucos centímetros da barra da baliza defendida por Gonçalo Arromba. Aos 15 minutos, foi a vez de Marco Neves se isolar e atirar na passada para uma grande defesa de Gonçalo Arromba. Enquanto isso o Coruchense defendia-se como podia e tentava o contra-ataque, quase sempre por intermédio de Oliveira, que lutava sozinho contra uma defesa do Ouriquense que não lhe dava grandes hipóteses. Contudo, aos 20 minutos, conseguiu uma nesga de terreno e atirou para uma defesa apertada de Gonçalo.Mas o domínio pertencia ao Ouriquense, que aos trinta minutos chegou ao golo. A jogada começou no lado esquerdo, com Rebita a cruzar largo para o segundo poste onde apareceu Zezé a cabecear para uma assistência perfeita para Marco Neves, que apenas teve que empurrar para o fundo da baliza de Arromba.O Coruchense reagiu mas sem conseguir criar grandes dificuldades ao último reduto do Ouriquense. Oliveira e Rubenilson lutaram muito com a defensiva de Vila Chã de Ourique mas só por uma vez conseguiram incomodar o guarda-redes Gonçalo.A equipa comandada por Jorge Peralta saiu para o intervalo a vencer justamente. Dominou sobretudo a meio-campo, onde o labor de Maltez, Diogo, Ricardo e César Costa, foi demais para o meio-campo do Coruchense. A segunda metade começou de maneira diferente. O Coruchense voltou com disposição de contrariar o ascendente do seu adversário e começou a fazer recuar o Ouriquense. E logo aos 50 minutos Lino cruzou para a área, Cafú atirou à barra e na ressaca apareceu Oliveira a atirar para o fundo da baliza do Ouriquense. No curto espaço de cinco minutos, aos 60 e 65, o Coruchense esteve à beira de marcar, primeiro por intermédio de Oliveira, que atirou forte para defesa de Gonçalo, depois por Vítor Couto que fez a bola passar pela frente da baliza, bem perto de Oliveira e Rubenilson, sem que estes conseguissem desviá-la para a baliza. O jogo entrou então numa fase mais quezilenta, com o árbitro a ver o seu trabalho muito contestado. Muito por culpa do treinador do Coruchense que no banco protestava por tudo e por nada. Contudo foi resolvendo os problemas com critério. Só no final borrou um pouco a pintura. Mas então o jogo estava também mais emocionante. Jogava-se rápido e o perigo rondava as duas balizas. O Ouriquense esteve sempre mais perto de marcar. Por várias vezes os defesas do Coruchense salvaram a sua equipa sobre a linha de golo, mas o empate subsistia.Já em período de descontos aconteceram os maiores erros do árbitro. Primeiro numa jogada na área do Coruchense, em que Marco Neves foi claramente derrubado em falta. O árbitro fez vista grossa. Na jogada de resposta um defesa do Ouriquense desviou a bola com a mão dentro da sua área e Adelino Crespo compensou deixando a grande penalidade por marcar, aumentando muito a contestação, que já era grande em relação ao seu trabalho.Contudo, o empate acabou por ser o resultado mais ajustado ao desenrolar do jogo, embora tenha sido o Ouriquense a equipa que criou mais e melhores oportunidades de golo. Pelo que lutou o Coruchense também não merecia perder.Adelino Crespo, o chefe do trio de arbitragem, é um árbitro muito jovem. Sentiu muito a responsabilidade do jogo e errou sobretudo ao não assinalar as duas grandes penalidades. Foi muito mal auxiliado pelo assistente Francisco Conde, que compactuou com a indisciplina de Luís Sobrinho. No entanto, mostrou algumas qualidades e não teve dualidade de critérios. Durante a esmagadora parte do tempo conseguiu mesmo dominar a situação.
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