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José Mendes sem protecção política

José Mendes sem protecção política

PS de Tomar diz que vereador está agora por sua conta e risco

O PS de Tomar retirou a confiança política ao vereador José Mendes, a quem o presidente do município deu total competência em matéria de protecção civil.

A ebulição político-partidária está no auge na concelhia do Partido Socialista de Tomar. Quatro dias após ter referido que não concordava mas respeitava as opções do militante José Mendes enquanto vereador com o pelouro da protecção civil, a concelhia contradiz-se e anuncia ter retirado a sua confiança política no vereador em questão.“O secretariado da concelhia do PS de Tomar, analisadas as declarações e posições do vereador José Mendes, entende que a partir desta data não tem condições para continuar a manter o apoio político ao mesmo”, diz o comunicado divulgado na sexta-feira, após reunião do secretariado.A esta decisão não deve ser alheia a tomada de posição do ex-assessor do vereador na protecção civil. Na segunda-feira anterior Zeca Pereira teceu duras críticas e fez graves acusações públicas a José Mendes, indo ao ponto de afirmar que a sua conduta chegou a pôr em risco a segurança dos munícipes do concelho.O ex-assessor fez estas declarações ao lado do presidente da concelhia do PS de Tomar. Na altura, Luís Ferreira foi questionado sobre a possibilidade de o partido retirar a confiança política ao vereador tendo ele respondido que, a seis meses das eleições autárquicas, essa questão era “irrelevante”.Quatro dias depois surgiu o volta-face. Sem grandes explicações. Contactado por O MIRANTE, o presidente da concelhia preferiu ficar-se pelo conteúdo do comunicado, adiantando apenas que os tomarenses conhecem bem os protagonistas envolvidos e saberão tirar as suas ilações.Sobre as consequências da decisão agora tomada pelo secretariado da concelhia, Luís Ferreira diz que a principal é a de que José Mendes corre agora apenas por sua conta e risco. “Desde sexta-feira que o PS não tem nem quer ter absolutamente nada a ver com as acções tomadas pelo vereador da protecção civil”.José Mendes, por seu lado, mostra-se calmo e sereno, como se já esperasse este desfecho. Mas diz estranhar que quem agora lhe puxa o tapete tenha dito quatro dias antes que não faria tal coisa, por isso não trazer qualquer efeito político.“Continuo de consciência tranquila e com plena responsabilidade nos actos que pratico”, refere o vereador, acrescentando que, se em todo este processo há quem tenha mostrado falta de coerência não foi com certeza ele.Quem não entra em “questões partidárias”, como afirmou, é o presidente da Câmara de Tomar. Questionado sobre a vereação de José Mendes, o social-democrata António Paiva apenas afirma que no início do mandato lhe delegou todas as competências em matéria de protecção civil e que até à data não viu quaisquer razões para lhe as retirar. “O resto são questões partidárias em que não me meto e que devem ser resolvidas dentro do próprio partido”, concluiu.
José Mendes sem protecção política

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