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Loja ortopédica sem estacionamento para deficientes

Vereador do pelouro admite levar o assunto à Câmara de Torres Novas

Há cerca de um ano que o dono de uma loja de material ortopédico, em Torres Novas, solicitou à câmara a colocação de uma placa de estacionamento reservado a deficientes junto do seu estabelecimento. O assunto foi indeferido sem passar pelo vereador do pelouro.

Insensibilidade, prepotência e abuso de poder são alguns dos adjectivos que Manuel Joaquim Neves Lopes usa para classificar a actuação da Câmara Municipal de Torres Novas face a um pedido, por si formulado, para a colocação de uma placa de estacionamento reservado a deficientes. Neves Lopes possui um estabelecimento de material ortopédico, na Avenida Sá Carneiro, em Torres Novas, uma zona nova da cidade “altamente carenciada em estacionamentos”, reconhecem os serviços camarários para justificar o indeferimento do pedido.Diz-se também no mesmo ofício, datado de 26 de Abril de 2004, que não há razão para “lugares de estacionamento reservados para actividades comerciais, mesmo que da natureza do pedido em causa”.A resposta da câmara foi enviada cerca de uma semana depois da solicitação de Neves Lopes, mas não passou pelo vereador responsável pelo pelouro do trânsito, Mário Mota (PS). Este membro do executivo torrejano afirma que só teve conhecimento do assunto pelos jornais e admite apresentá-lo numa próxima reunião camarária.A reserva de estacionamento junto a estabelecimentos comerciais ou clínicas não é habitual em Torres Novas. No entanto, no caso em apreço o material comercializado é muito específico e os clientes são, normalmente, pessoas com pouca mobilidade.“A maior parte das vezes os clientes têm de se sujeitar a medições e experimentar os artigos, principalmente próteses”, esclarece Neves Lopes. Depois da recusa da câmara, Neves Lopes recorreu à Associação Empresarial de Torres Novas, Entroncamento, Alcanena e Golegã (ACIS) que reformulou idêntico pedido à câmara. O primeiro data de Junho de 2004 e um mês mais tarde houve uma reunião com o presidente da câmara. Nesse encontro, segundo Neves Lopes, o presidente afirmou que o indeferimento tinha sido um equívoco e que a placa iria ser imediatamente colocada. O “imediatamente” prolongou-se no tempo. Em Janeiro último a ACIS voltou a escrever para a câmara e até à data de fecho desta edição tudo continuava na mesma.“Não estou a pedir nada para mim mas apenas para os utentes do meu estabelecimento terem um pouco mais de facilidade”, diz indignado Neves Lopes. Margarida Trincão

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