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Venceu quem jogou para ganhar

Venceu quem jogou para ganhar

Abrantes venceu 2-1 o Fátima, num derbi com pouco sal

A vitória alcançada pelo Abrantes frente ao Fátima, aceita-se perfeitamente porque foi a única equipa que jogou para vencer. Paulo Torres foi a Abrantes com a nítida intenção de evitar que a sua equipa sofresse golos, colocando autenticamente um “autocarro” frente à baliza. O Abrantes cedo empurrou o adversário para o seu meio campo e, embora com alguma dificuldade, acabou por vencer com justiça.

O Abrantes Futebol Clube fez valer o factor casa e entrou no jogo com o Fátima disposto a ganhar. A equipa entrou a comandar através de uma boa circulação de bola e a aproveitar da melhor maneira o recuo do seu adversário. Perdeu-a poucas vezes, e assim inviabilizou o contra-ataque do Fátima, que nunca conseguiu sair para colocar em perigo a baliza defendida por Nuno Ribeiro. Tudo ia bem para o Abrantes até perto da área. O problema era furar a muralha defensiva que Paulo Torres montou para travar o ataque abrantino. Contudo, cedo se viu que os índices de confiança e de consistência da equipa do Fátima estão em baixa, e surgiram alguns erros de marcação e de concentração.Um deles foi muito bem explorado pelo Abrantes. Quando iam decorridos 25 minutos de jogo, o árbitro assinalou uma falta à entrada da área, os jogadores do Fátima fizeram barreira, pensando só na marcação directa do livre, adormeceram e deixaram Bruno Lemos sem marcação. Hamilton colocou-lhe a bola nos pés para ele dar dois passos e ficar só frente a Pedro Duarte e marcar, como quis, o primeiro golo da sua equipa.Mesmo a perder, os fatimenses não abandonaram o seu sistema de jogo. A partida tornou-se lenta e pastosa uma vez que a equipa de Paulo Torres limitava-se a esperar pelo ataque continuado do Abrantes, para depois sair timidamente para o contra-ataque. Mas a falta de confiança e velocidade dos seus jogadores, nunca deu para incomodar Nuno Ribeiro, que foi pouco menos do que um espectador A primeira parte acabou por ser um jogo de sentido único. Só a equipa comandada por Vítor Alves arriscou e jogou para a vantagem, que era perfeitamente justificada e só pecava por escassa no final da primeira parte. Para a segunda parte, Paulo Torres, que já tinha sido obrigado a fazer uma substituição, por lesão de Esteves, trocou o inoperante Gisvi por Alex, e a partir de então o jogo passou a ser ligeiramente mais repartido pelos dois meios campos. No entanto, voltou a ser a equipa comandada por Vítor Alves a marcar e a adiantar-se decisivamente no marcador quando iam decorridos 58 minutos. Num rápido contra-ataque, Santana fugiu pela direita e cruzou largo para o segundo poste onde apareceu Toni completamente só a concretizar. O meio campo e a defensiva do Fátima ficaram quase parados a ver jogar.A perder por dois golos, a equipa fatimense mostrou pouca força e capacidade para inverter a situação e não conseguiu jogadas de grande perigo. Apenas aos 70 minutos, num livre directo marcado por Hugo Carvalho, a defensiva do Abrantes passou por algum apuro.Por seu lado, a equipa comandada por Vítor Alves não se acomodava e continuava a pressionar o seu adversário. É verdade que sempre sem grande perigo, porque sentia algumas dificuldades para ultrapassar a barreira defensiva adversária.Mas até ao final do jogo o Abrantes foi sempre mais perigoso e justificou a vitória. Que podia ter sido mais dilatada. Antes da grande penalidade que deu o golo de honra ao Fátima, Santana teve uma jogada brilhante. Dentro da área passou dois adversários e rematou forte mas viu a bola embater na face interior do poste e sair para o exterior da baliza.O Abrantes mostrou que é uma equipa consolidada e a atravessar um bom momento. O Fátima com um plantel curto ressente-se da falta de alguns jogadores importantes, situação que se agravou com a lesão de Esteves.A equipa de arbitragem chefiada por Nuno Afonso, que viajou de Lisboa, teve uma actuação irregular. Complicativo e sem critério disciplinar, o árbitro acabou por complicar um jogo que foi muito fácil de dirigir.
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