Os celeiros agrícolas que estavam a servir de albergue para toxicodependentes e sem abrigo em Samora Correia foram demolidos a semana passada. Depois de O MIRANTE ter noticiado o consumo de droga e a prática de actos marginais nos barracões, a Câmara Municipal de Benavente demoliu as construções com autorização dos proprietários. Desta forma os herdeiros do património que serviu a empresa Lopes & Lima ficaram com o terreno limpo e apto a avançar para um processo de loteamento. O MIRANTE sabe que já deu entrada na câmara um estudo prévio a propor um loteamento para o local.Recorde-se que nos celeiros foram encontrados dezenas de conjuntos utilizados para a injecção de droga (distribuídos nas farmácias) e vários apetrechos ligados ao consumo de estupefacientes. No local havia ainda o que restava de um carro incendiado, colchões, roupas e um amontoado de lixo.A câmara e a junta de freguesia receberam várias denúncias dos vizinhos que se queixavam da insegurança gerada e da ameaça para a saúde pública. Os celeiros ficavam junto de um caminho utilizado por dezenas de crianças e jovens nas caminhadas entre a escola e as suas casas. Fonte policial confirmou que o local estava a ser vigiado pelas autoridades que suspeitavam que os celeiros eram um retiro de traficantes, consumidores e autores de furtos. Os vizinhos aplaudiram a iniciativa da câmara, mas lamentaram que fosse necessário tantos meses para encontrar uma solução que se consumou em poucos dias. “Mais vale tarde que nunca”, concluiu um morador. O vereador do PS, António Almeida lembrou que o problema não ficou resolvido porque os frequentadores daqueles celeiros vão procurar outro local para consumir e traficar droga e defendeu uma reflexão sobre medidas mais eficazes para minorar o problema da toxicodependência.