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Secretaria de Estado da Agricultura regressa a Lisboa

Presidente da Câmara da Golegã conformado com a decisão do novo Governo

A Secretaria de Estado da Agricultura vai sair da Golegã, onde esteve instalada cerca de seis meses, por decisão do Governo, num palacete cedido pelo município. O mesmo vai acontecer às outras cinco secretarias de Estado deslocalizadas pelo Governo de Santana Lopes.

O presidente da Câmara Municipal da Golegã, Veiga Maltez (PS), que se bateu para ficar com a Secretaria de Estado da Agricultura e Alimentação (SEAA) no seu município, não faz qualquer comentário à decisão do primeiro-ministro José Sócrates de fazer regressar a Lisboa as secretarias de Estado deslocalizadas pelo executivo liderado por Pedro Santana Lopes.“Não foi o actual primeiro-ministro nem o presidente da Câmara da Golegã que fez essa descentralização, portanto só me resta respeitar a decisão do Governo”, afirmou o autarca adiantando que fez o que devia ter feito e “foi bom para a Golegã” ter hospedado a SEAA.A recuperação do palacete seiscentista, feita para alojar a Secretaria de Estado, deverá ser motivo de “orgulho para os goleganenses porque sabemos preservar o nosso património ”, continua Veiga Maltez, que ainda não decidiu qual a utilização futura do imóvel.“Foi recuperado com dinheiros da autarquia e a administração central gastou cerca de 50 mil euros em sistema de ar condicionado e cabelagem, que vão ficar cá”, esclarece acrescentando que o palacete do Pelourinho continua disponível para qualquer organismo que o Estado ten-cione descentralizar.As organizações de agricultores são unânimes na ideia de que a localização da Secretaria de Estado é indiferente. Tanto Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), como Amândio de Freitas, presidente da Federação dos Agricultores do Distrito de Santarém e dirigente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), defendem que, mais importante do que a localização da Secretaria de Estado são as políticas para a agricultura, numa altura em que entram em vigor novas regras a nível europeu.Um membro do Governo socialista disse à Agência Lusa que “as seis secretarias de Estado deslocalizadas pelo executivo de coligação PSD/CDS-PP regressam a Lisboa por razões de contenção de despesa e de eficiência na gestão do Governo”.O ex-primeiro-ministro Santana Lopes transferiu de Lisboa as secretarias de Estado da Juventude (Braga), da Administração Local (Coimbra), da Educação (Aveiro), da Agricultura e Alimentação (Golegã), dos Bens Culturais (Évora), e do Turismo (Faro).Durante a campanha eleitoral, o actual primeiro-ministro, José Sócrates, criticou o anterior Governo por pretender fazer a descentralização com base na deslocalização de secretarias de Estado.

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