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Prefácio de Armando Vara desapareceu

Livro editado pelo IPJ em exposição na Expo-Criança tem menos duas páginas

O prefácio do ex-ministro socialista Armando Vara desapareceu dos exemplares do livro “Nós” que a delegação de Santarém do Instituto da Juventude colocou em exposição na Expo-Criança. O delegado regional não sabe quem foi o autor do acto de censura.

Todos os exemplares do livro “Nós”, editado pelo Instituto Português da Juventude (IPJ) e distribuídos pela delegação distrital de Santarém desse organismo durante a Expo-Criança, foram amputados de duas páginas onde constava um prefácio do ex-Ministro da Juventude e do Desporto, Armando Vara. A feira decorreu no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, de 5 a 13 de Março.Em causa estão as páginas cinco e seis do livro - uma edição do IPJ e do Ministério da Juventude e Desporto datada de Dezembro de 2000 - que aborda a temática do voluntariado através de reportagens fotográficas. O ex-governante socialista assinava um prefácio no qual se congratulava pelo facto de o ano 2001 ter sido escolhido pelas Nações Unidas como Ano Internacional do Voluntariado, sublinhando ainda a importância do voluntariado juvenil.As páginas de algumas centenas de exemplares terão sido arrancadas segunda-feira, 7 de Março, antes dos livros serem levados para a Expo-Criança. Essa foi a garantia dada a O MIRANTE por uma fonte que pediu o anonimato.Inicialmente vendidos a cinco euros e posteriormente distribuídos gratuitamente, os livros encontravam-se empacotados, tendo-se aproveitado a exposição para fazer a sua divulgação, ainda que amputados da opinião do ex-governante socialista. O MIRANTE contactou o Delegado Distrital do IPJ na sexta-feira, que disse a desconhecer a situação e que, a confirmar-se, mandaria retirar os livros da exposição. Já esta segunda-feira, Paulo Tavares confirmou ao nosso jornal que os livros tinham sido efectivamente mutilados do prefácio do ex-ministro. No entanto, Paulo Tavares referiu que não está em causa a realização de um inquérito interno para apurar responsabilidades, considerando que, apesar de aborrecida, não se trata de uma “situação do outro mundo”.O delegado distrital do IPJ não quis confirmar o número de exemplares amputados nem se quem tomou aquela iniciativa é funcionário da instituição. Apenas salientou que os livros estavam encaixotados e foram aproveitados para a exposição, acrescentando tratar-se tudo de mais um episódio negativo que foi criado.

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