O projecto de construção foi apresentado durante uma visita do presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo, Fonseca Ferreira, à cidade. A instalação do designado Centro de Corte e Fabrico de Enchidos Tradicionais é possível através de uma parceria entre a câmara e a Encherim, uma cooperativa de talhantes do concelho. Segundo explicou Sousa Gomes (PS) a autarquia fica responsável pela construção e instalação do equipamento técnico do centro, que ficará propriedade municipal. A exploração será concessionada à cooperativa, composta por duas dezenas de associados, por um período de 25 anos. A fábrica vai ser construída zona industrial, no local do antigo matadouro da cidade, desactivado há mais de dez anos e cujas instalações já foram demolidas. A unidade, que representa um investimento de mais de um milhão de euros, permite a criação de 20 postos de trabalho.“A actual produção de enchidos é um actividade de risco, desactualizada em relação à nova legislação da União Europeia no que respeita à certificação da qualidade das matérias-primas. Trata-se de uma questão do concelho e da região, já que há interessados de fora em integrar a Encheirim”, revelou Sousa Gomes.Recorde-se que a legislação em vigor não permite a produção de enchidos e a desmancha de animais nos talhos, como acontecia até há pouco tempo. Se não se avançasse para a construção desta fábrica os enchidos tradicionais da sopa de pedra iriam desaparecer. Em Almeirim existem cerca de 70 restaurantes que confeccionam este prato típico da zona.