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Viva o centro histórico de Santarém

Quando há largos anos se constatou que o “centro histórico” de Santarém estava em dificuldades, houve vários movimentos no sentido de se inverter tal estado de coisas. Todos cheios de boas intenções. A recuperação dos velhos becos em calçada portuguesa foi magnífica! Belo começo!Seguiu-se a rua Direita que, embora bem empedrada, fechou o trânsito entre a Praça velha e o Largo do Seminário. Primeiro entupimento! Bom por um lado. Muito mau, por outro.Com as “requalificações” tudo se agravou. Foi o martírio das rua de S. Nicolau, João Afonso, rua Direita e a destruição de tudo que era antigo no Largo do Seminário. Agora com a agravante de se ter fechado a saída no centro histórico e acabado com algum estacionamento gratuito. Péssimo em todos os sentidos.A construção (contestadíssima) do W-shopping nas “barbas” do centro histórico, deu um “toque” de modernidade a Santarém e mais um “encontrão” nos periclitantes comércio e serviços daquela zona da cidade. Como se previa e impunha, houve que regular com urgência o transito na área do novo “pólo de atracção”! Assim, rapidamente e em força, tudo o que era Largo das Amoreiras, desapareceu! Arvoredo, sanitários e estacionamento inclusive. E se os indicativos de trânsito não tiveram inicial eficácia, os sinais de proibição de estacionamento, nos futuros passeios, vincaram uma forte vontade camarária de continuar a escorraçar o cidadão auto transportado, para bem longe.Fala-se agora em continuar “o serviço” pela Avenida Sá da Bandeira, sabe-se lá bem como! Concretamente, citam-se parques de estacionamento subterrâneos. Caros e pagos, naturalmente, como se não houvesse espaço à superfície suficiente para se fazer um bom parque gratuito para os utentes da chamada Capital do Gótico que são também utentes deste centro comercial que é a nossa zona histórica.Utentes que, quer se queira ou não queira, são a razão de ser da cidade. Quer andem a pé ou venham de viatura.Ficando-me por “factos reais e concretos” não entendo, como santareno e “senhorio” do centro histórico, como é que se pretende “salvar” a “cidade velha” com cada vez mais restrições ao trânsito e ao estacionamento gratuito!Antes de se ir a Santiago de Compostela ver como ali se faz, era preferível (e mais barato), pedir daqui, ao Santo que ilumine os espíritos dos nossos edis, para soluções eficazes. É que, por este andar, o centro histórico que ainda não morreu da doença, morre, com certeza, da cura.Mário OliveiraP.S. Já repararam que todos os bons centros comerciais têm parqueamento gratuito para os utentes, com acesso fácil e saída rápida?

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