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O “craque” da bola que virou autarca

Manuel Anastácio, presidente da Junta de Freguesia de Parreira, Chamusca
Longe vão os tempos em que Manuel Anastácio era craque da bola. Até aos 30 e poucos anos o presidente da Junta de Freguesia da Parreira jogou futebol no clube da terra. Avançado centro, era conhecido por “José Águas” porque cabeceava bem. “Dei muitos golos ao clube”.Hoje o futebol continua entranhado no corpo. Não perde um jogo do clube da terra nem do “seu” Benfica. “Não sou fanático nem doente mas considero-me benfiquista de gema”, diz quem já visitou a nova catedral da Luz com o neto.É desta que o Benfica vai ser campeão? “Vamos ver, vamos ver. Está tudo encaminhado para isso”, diz a alma encarnada de Manuel Anastácio.Nascido e criado na Parreira, Manuel Anastácio Maria da Rosa está no comando dos destinos da junta de freguesia por mérito próprio. Mas diz que este ano vai dar lugar a outros. “Estou a precisar de me reformar”, refere com um sorriso nos lábios quem, nos últimos 13 anos, deu boa parte da sua vida à junta, primeiro como membro da assembleia de freguesia, depois como tesoureiro e mais recentemente como presidente.Com 65 anos de idade, o presidente divide o tempo entre os afazeres de autarca e o café e mini-mercado que possui, um negócio que herdou do avô. Não fosse o apoio da mulher e não conseguiria levar a água ao seu moinho.Casou cedo, aos 20 anos, e tem uma única filha que vive actualmente em Lisboa. “A minha filha sempre gostou mais da cidade e adora a capital”, refere Manuel Anastácio, que admite ser um avô babado, apesar dos netos já crescidos. “Estou sempre a perguntar-lhes como vão os estudos, se as notas foram boas”.Praticamente não teve tempo para gozar o casamento. Dois meses após o enlace foi chamado para a tropa. Fez parte das forças do exército em Torres Novas e Vendas Novas.É um caçador inveterado e não dispensa os domingos e quintas-feiras para apanhar coe-lhos que a mulher depois arranja. “Eu na cozinha sou um zero à esquerda”.Férias é coisa que nunca tem. Quanto muito uns dias, quase sempre para a praia porque a mulher gosta. “Eu cá prefiro o campo”, diz, não fosse ele também proprietário de terrenos florestais.Vê pouca televisão, praticamente só os telejornais, porque o resto “é só novelas atrás de novelas”. A leitura também foi posta de lado há muito, por manifesta falta de tempo. Os jornais desportivos são aqueles por onde ainda passa os olhos.

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