uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
O Pirata de Abrantes

O Pirata de Abrantes

Virgílio Rapazote veio de Bragança para o Ribatejo por causa da tropa
Em Abrantes haverá poucas pessoas que não conheçam Virgílio Nuno Rapazote. O homem de barbas brancas, óculos grossos e energia que dá para sete que avia cervejas, serve cafés e refeições num dos cafés mais populares do centro histórico, o “Pirata”.Nasceu em Bragança e veio cumprir o serviço militar para Abrantes, depois caiu “numa armadilha” e não voltou para Trás-os-Montes. “Casei aqui, foi uma armadilha”, conta com ironia. Mas antes de fixar residência naquela cidade, ofereceu-se como voluntário para Moçambique, foi militar miliciano durante sete anos e já como civil embarcou para Angola para governar a vida. “Andei por lá dois ou três anos e foi em Angola que fiz o negócio deste café”, diz.De regresso a Abrantes, Vírgilio Nuno Rapazote, agora com 70 anos, estabeleceu-se na praça Raimundo Soares e deu nome ao próprio café. “Chamavam-me o Pirata porque nunca gostei de deixar créditos pelas mãos alheias e se havia que manter a ordem eu resolvia o problema”, conta. “Saio ao meu pai que morreu com 91 anos e trabalhou até aos 89”.Virgílio Rapazote é respeitado por todos e muitos reconhecem-lhe o trabalho que desenvolveu ao nível da formação das classes jovens em futebol. “Trabalhei 25 anos no Sport Abrantes Benfica, dei mais de 50 mil horas de trabalho, sem qualquer interesse e hoje voltava a fazer o mesmo. Muitos se lembram de mim, passo por essas aldeias e ouço chamarem pelo Pirata ou pelo Vadio. Eram miú-dos com quem trabalhei, que hoje são doutores e engenheiros e que se lembram de mim”.O município de Abrantes também reconheceu o trabalho desenvolvido por Virgílio Rapazote e atribui-lhe a medalha de mérito desportivo.
O Pirata de Abrantes

Mais Notícias

    A carregar...