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Produtores florestais querem reduzir fogos para metade

Projecto para dez anos
Os produtores florestais garantiram na semana passada que a implantação do projecto “Abandono Agro-Florestal” permite, em dez anos, reduzir para metade o número de incêndios florestais.“Em dez anos vamos tentar reduzir a média nacional de incêndios para metade com este projecto que consiste na planificação a nível municipal”, sustentou sexta-feira o secretário-geral da Federação dos Produtores Florestais de Portugal, Ricardo Machado.Falando à margem da apresentação do projecto, Ricardo Machado disse ainda que a associação tem a noção de “que não se combatem incêndios num ano ou dois”, acrescentando que não é pelo facto de haver “mais entidades ou mais helicópteros” que se consegue resolver um problema que é “estrutural”.O “Abandono Agro-Florestal” visa a planificação à escala municipal dos terrenos integrada, no entanto, nas políticas nacionais de prevenção e combate a incêndios.Trata-se de um projecto de longo prazo que consiste em “reconhecer todo o terreno de de um concelho, saber exaustivamente que recursos tem esse território, nomeadamente ao nível de água e floresta, e saber no que já se investiu e no que é que ainda se pode investir”, explicou.A iniciativa envolve dois milhões de euros e conta com os apoios do Fundo Florestal, das autarquias e dos proprietários.O projecto - que no total abrangerá 20 concelhos - já está em curso em dez municípios, nomeadamente Ourém, Pombal, Aljezur, Vila do Bispo e Ansião, estando agora em negociações no Cadaval e em Santarém.A planificação dos terrenos a nível municipal não é uma novidade em Espanha, tendo o coordenador responsável pelas questões dos incêndios naquele país, presente na apresentação do projecto, referido que nos últimos dez anos registou-se uma “tendência decrescente das superfícies queimadas”.Ricardo Velez sublinhou, contudo, que não se pode afirmar que o número global de incêndios tenha diminuído em Espanha, embora em algumas regiões tenha realmente baixado.Esta diminuição deve-se a “meios de prevenção, à advertência do público e a uma agricultura preventiva”, disse.Na década de 80 do século XX, a percentagem de floresta queimada em Portugal era um pouco superior (1,5 por cento) à de Espanha, no entanto, na década de 90 essa diferença acentuou-se.A área queimada começou a reduzir em Espanha, enquanto em Portugal aumentou, chegando actualmente a uma diferença de 7,2 por cento (Portugal com 3,3 por cento de área queimada e Espanha 0,5 por cento).Lusa

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