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Rancho da Romeira leva longe o nome da freguesia

Rancho da Romeira leva longe o nome da freguesia

A cantar e a dançar pelo país e pela Europa
É já dia 2 de Julho que se realiza o XXV Festival Nacional de Folclore “Romeira 2005” e XII Luso-Espanhol, no palco do polidesportivo da freguesia. Mais uma iniciativa do rancho da Romeira, ex-libris que leva longe o nome da freguesia.Além do anfitrião, o festival conta com o Rancho Folclórico Tá (Nazaré), Grupo Folclórico A Rusga, de Arcozelo (Vila Nova Gaia), Grupo Folclórico Nossa Senhora da Saúde (Fermentelos), Rancho Etnográfico de Danças e Cantares da Barra Cheia (Alhos Vedros) e a Sociedade Cultural Folclórica do Coton (Negreira, Galiza), que dá o cariz internacional ao festival.O espectáculo começa às 22h00 e segue até perto da meia-noite. Antes, os grupos vão ter uma recepção de boas vindas nos Paços do Concelho, jantar e um pequeno desfile e entrega de lembranças na Romeira. Os grupos espanhóis que têm visitado a Romeira vêm de Málaga, Múrcia, Galiza, Badajoz e Madrid, dando um condimento diferente ao folclore da Romeira e ranchos do país. Segundo o porta-estandarte e presidente da direcção do rancho, Luís Veiga da Silva, trazem danças mais em linha do que em quadra, músicas entoadas por gaitas-de-foles e pandeiretas, pouco habituais nestas paragens, e pares femininos. Diferenças que o rancho da Romeira também encontra nas deslocações ao estrangeiro. E são bem viajados, com passagens por Espanha, Alemanha, Inglaterra, Noruega, França e, até, Israel.No Festival Internacional de Bourge St. Maurice, em 2001, além de mostrarem o seu valor tiveram a oportunidade de ver grupos como o de S. Petersburgo (Rússia), profissional, onde até o pormenor das alturas idênticas não é descurado. É o autocarro que leva o rancho da Romeira estrada fora, conduzido pelos próprios elementos e que nunca os tem deixado apeados. Até França a viagem durou 28 horas, no pico do Verão, sem ar condicionado e assistência mecânica. Segundo Luís Veiga da Silva, até a comida francesa, apesar da fama, deixou a desejar. “Eram sopas e temperos a que não estávamos habituados”.Cerca de 15 fins-de-semana por ano estão ocupados por actuações, concentradas em Julho e Agosto. Época de férias e praia, onde se faz muita “ginástica” para que oito dos 12 pares do rancho estejam disponíveis, os essenciais para uma boa actuação.Fundado em Julho de 1961, o Rancho Folclórico da Sociedade de Recreio e Educativa da Romeira procura valorizar o património etnográfico da região e foi buscar informações guardadas nos baús e na memória dos antigos. Trajes, danças, músicas e cancioneiro.O rancho conta com homens e mulheres, jovens e menos jovens, dos 14 aos 48 anos. A tocata tem três acordeonistas, bandolim, viola, bilha e ferrinhos mas falta a típica cana rachada, da qual só dois dançarinos conseguem extrair o melhor som, para interpretar fadinhos, modas a dois passos, bailaricos, verde gaios e o típico fandango.Difícil é ainda arranjar quem confeccione trajes típicos da zona do Bairro pois, por exemplo, cada “trapo” domingueiro pode ficar em 400 euros. Dificuldade que se acentua quando há um atraso de 18 meses na liquidação do subsídio mensal de 200 euros da Câmara de Santarém. Têm sido alguns carolas do rancho a fazer andar o barco.Construir uma sede própria onde possa ensaiar, ter um palco, salas de apoio e de arrumação e manutenção dos trajos é a grande ambição das gentes da colectividade. Luís Veiga da Silva diz que já anda a fazer alguns desenhos e espera não ter de sonhar muito para a concretização da obra.
Rancho da Romeira leva longe o nome da freguesia

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