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Dívida de dois milhões de euros condiciona eleições do Vilafranquense

Ninguém apresentou listas aos órgãos sociais do clube
A dívida de cerca de dois milhões de euros, parece ser a principal razão para que nenhuma lista se tenha apresentado a sufrágio na Assembleia-Geral do Vilafranquense realizada na última sexta-feira, que tinha na eleição dos órgãos sociais um dos pontos da agenda de trabalhos.Os cerca de 40 associados do clube passaram grande parte das duas horas e meia de reunião a discutir as dívidas herdadas da direcção liderada por Machado Lourenço e aprovaram mesmo uma recomendação à mesa da Assembleia-Geral para que envie uma carta ao ex-presidente, dando-lhe um prazo para este fazer prova do dinheiro que diz que o clube lhe deve.Recorde-se que Machado Lourenço diz ser credor de 82 mil euros que terá emprestado ao clube, mas a actual e a anterior comissão administrativa que têm gerido o clube mão só não encontram registos documentais válidos dessas entradas, como detectaram que o ex-presidente já recebeu um cheque de cerca de cinquenta mil euros.Segundo foi explicado por Luís Feijão, um dos elementos da actual comissão administrativa, Machado Lourenço retirou os cinquenta mil euros de uma verba entregue pela Câmara de Vila Franca de Xira para pagar parte das obras do porto de recreio.Se Machado Lourenço não provar que emprestou o dinheiro ao clube, a Assembleia-Geral considerará que não há dívida ao ex-presidente e que será este a ter de devolver os 50 mil euros que já recebeu.A pedido dos sócios, os elementos da comissão administrativa revelaram alguns dos montantes que o clube tem em dívida. Valores que Luís Feijão repetiu várias vezes que não estão totalmente confirmados pois na contabilidade do clube não estão documentadas algumas dívidas que se sabem existir.Só ao fisco o Vilafranquense deve perto de 750 mil euros, a que se somam 23 mil euros ao plantel deste ano, que terminou a época com quatro meses de salários em atraso (os primeiros quatro meses da época). O Porto de Recreio, propriedade do clube, é “responsável” por uma dívida não totalmente apurada de várias centenas de milhar de euros. “Só a uma empresa deve-se perto de 300 mil euros”, revelou Luís Feijão.Neste cenário, a actual comissão administrativa, liderada por João Conde, não quer continuar e pensa ser chegada a altura de aparecer uma nova direcção. No entanto ninguém apresentou qualquer lista aos órgãos sociais, pelo que foi marcada nova reunião da Assembleia-Geral para 14 de Julho. Até lá, e após alguma insistência, João Conde e seus pares vão continuar a gerir os destinos do clube.Equipa de futebol aguarda definiçõesUma das preocupações dos sócios do Vilafranquense é a situação da equipa de futebol. Henrique Filipe, um dos elementos da comissão administrativa responsável pelo plantel sénior, revelou ao nosso jornal que a época está a ser preparada mas que jogadores e equipa técnica aguardam pelas definições a nível directivo para acertarem os pormenores decisivos. Quase certo é que Carlos Pedroso deverá continuar como treinador.

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