Não pude deixar de ler, dada a relevância do título, a reportagem intitulada “Futebol Sénior acaba na Chamusca”. Não que seja adepto dos desportos com bola, mas porque tenho netos de tenra idade que deles são entusiastas.Confesso que o assunto tratado me deixou algo confuso, na medida em que, embora à distância, tenho acompanhado a sua evolução. Quanto pretendo dizer a propósito não dispensa uma análise, ainda que sucinta, da sua história.Tanto quanto me lembro, e ligados a esses desportos, existiram três clubes: Benfica, Sporting e Juventude. A determinado passo, fazendo juz ao adágio popular “A união faz a força”, nasceu a “União Desportiva” que, penso eu, traduzia, para além do que diz o ditado, um aproveitamento melhor de recursos humanos e materiais em prol da comunidade.Inexplicavelmente, para quem está de fora, essa união veio a cindir-se, dando origem, novamente a dois clubes: “O União” e o “Basket Clube”. Leio agora em O MIRANTE a primeira associação a queixar-se da segunda, e a pretender assacar responsabilidades à edilidade. Só me vem à cabeça um pensamento: porque se não olha para trás, para a experiência vivida, e andamos neste casa e descasa que não aproveita a ninguém?Nada sei dos motivos que levaram à cisão, dos seus termos ou acordos, como não são do meu conhecimento acções ou resultados práticos obtidos pela “União”, mas não posso deixar de estar satisfeito com os do “Basket” que conheço através da frequência dos meus netos, e dos folhetos que me são enviados pelo clube, onde a projecção da terra, através dos resultados a nível nacional, são de louvar.É necessário pensar que não é só à custa das autarquias que as associações, por mais filantrópicas que sejam, devem viver, embora elas possas e devam ajudar, técnica e financeiramente.José João Marques Montargil - Chamusca