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Miguel Pires

Miguel Pires

“Não sou aficionado ao ponto de abdicar de um fim-de-semana de praia para ir assistir a uma corrida de toiros, mas gosto de ver”

28 anos, técnico de administração tributária adjunto, Santarém

Já apanhou algum susto com os incêndios?Há dois anos, quando vinha do Crato para Santarém, na zona do Gavião, vi-me rodeado de fumo na estrada. A conselho da GNR tivemos de dar uma volta enorme por Ponte de Sôr até Ulme. Fiz cerca de 200 quilómetros nesse dia e 100 quilómetros sempre com cinzas no ar. Foi assustador e impressionante. As televisões fazem uma cobertura exagerada dos incêndios?Acho que tem mais a ver com a desinformação que produzem. Não as vemos a fazer formação, em Fevereiro ou Março, de prevenção e a mostrar imagens dos incêndios de anos anteriores. E a alertar proprietários para limparem terrenos à volta das casas, que nem isso fazem. Os bancos fazem bem em restringir o acesso ao crédito?Fazem se for o crédito ao consumo e não quando é crédito para investimento empresarial. Os bancos às vezes fazem campanhas ridículas para férias, que não são crédito à habitação nem para compra de carro. Quem não tem dinheiro não deve ficar a pagar as suas férias a juros altos durante o ano. Costuma ir a festas populares?Vou sobretudo no Verão e talvez vá a meia dúzia por ano. Há 15 dias estive nas de Albergaria, Almoster. Também costumo ir às da Ribeira de Santarém, onde não estive este ano. Às vezes vou às festas dos santos populares de Lisboa. Gosta mais de largadas ou corridas de toiros?Gosto das duas. Do lado mais popular e desorganizado das largadas de toiros e da corrida à portuguesa como uma das boas formas de expressão da nossa cultura. Não sou aficcionado ao ponto de abdicar de um fim-de-semana de praia para ir ver uma corrida de toiros, mas gosto de ver. Alguma vez carregou um andor numa procissão?Não, mas já andei em andores. Quando era miúdo em Lamego, na procissão de Nossa Senhora dos Remédios, entrava em representações que seguiam em andores grandiosos, em cima de carroças, puxadas pelos melhores bois da região. Como espectador participei em várias. O que gosta mais de fazer nas férias?Gosto de estar com amigos e família, seja na praia, campo ou serra. Desde que as férias sejam espalhadas pelo ano para aproveitar bem o tempo, de Verão e de Inverno. Este ano estive no sudoeste, Évora, Figueira da Foz, Lisboa, e aprecio ir andando um bocado sem rumo.Era capaz de submeter a namorada ao teste do Fiel ou Infiel?De certeza que não! Se estivesse em causa uma questão de fidelidade não seria minha namorada. Em matéria de relações pessoais a primeira coisa que existe é o respeito. Depois vem a amizade e mais tarde poderá haver mais qualquer coisa. Do pouco que vi do programa seria impensável fazer uma coisa do género.Que prato é que não dispensa nesta altura do ano?Marisco! Arroz de marisco e de tamboril, camarão, sapateira, massada de gambas, tudo regado por vinho verde. É a melhor ligação que podem fazer. Gosto imenso de comer marisco mas também de pôr o avental e fazer esses cozinhados.Gosta de ver mulheres a usar piercings?Não é pelo piercing em si porque o conjunto é que tem de ser interessante. Em determinadas situações não é o piercing que “resolve” o problema. É uma questão de valor acrescentado. Não o considero atraente nem o contrário. Mas um piercing no umbigo num bom conjunto não fica mal.É mais cumpridor do código da estrada desde que entraram em vigor multas mais pesadas?Sou igual. Não vou dizer que sou cumpridor a 100 por cento. Mas deve haver mais consciência das pessoas na forma como conduzem em função das condições de trânsito, da viatura, condições climatéricas. O que acha da possível luta entre Mário Soares e Cavaco Silva nas presidenciais?Acho que pode vir a ser um debate interessante de duas figuras que marcaram a nossa história no final do século XX. Um confronto aberto porque dantes não podiam assumir verdadeiramente esse duelo quando exerciam funções em simultâneo. É no mínimo tentador vê-los a disputar o cargo mais importante do Estado abertamente.
Miguel Pires

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