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Katyuska Almeida

“Só recorri ao médico particular para ser operada a um sinal na perna que estava a ficar maligno. Foi há seis anos. Se tivesse esperado pela minha vez na lista do hospital público não sei se ainda cá estaria”

20 anos, estudante de Comunicação Social, Azambuja

Costuma fazer compras nas feiras?Antigamente não fazia. Ia comprar nas lojas de marcas que já conhecia. Hoje, até porque estamos em tempo de crise, costumo visitar algumas feiras com os meus amigos. Já fui à feira de Carcavelos e estou a ver se arranjo uma oportunidade para ir à de Vila Franca de Xira. Porque é que as lojas dos chineses são tão procuradas?Têm preços muito acessíveis e são uma espécie de epidemia. Estão em todo o lado. Acho que ganhei alguma aversão e para dizer a verdade só lá vou comprar as meias do traje académico.Tem a preocupação de comprar produtos portugueses?Já passei a fase de ver se eram espanhóis. Andava com a sensação de que estávamos a ser invadidos pelos nossos vizinhos. Já me passou. Agora apenas evito ir às lojas dos chineses. Já participou numa sessão de espiritismo?Participei em algumas experiências no tempo de liceu, mas não era nada que me fascinasse. Não sou muito virada para essas coisas, mas tenho respeito e algum interesse. Também por isso é que já assisti a missas de várias religiões. Já alguma vez pediu o livro de reclamações?Já tive vontade, mas como sei que isso implica um longo processo evito fazê-lo. Tenho sentido isso sobretudo em restaurantes. Acho que nos últimos anos o sector da restauração tem piorado. É servir por servir sem a preocupação da qualidade. Era capaz de trabalhar numa área de que não gostasse?Sim, mas apenas por uma questão de sobrevivência. Já me mentalizei de que quando acabar o curso posso não conseguir um trabalho na minha área e terei que enveredar por outra actividade. Estaria disposta, por exemplo, a abrir uma loja ou a criar uma empresa. Afinal de contas sempre tive o sonho que fundar uma revista feminina... Recorre normalmente ao médico de família ou ao particular?Só recorri ao médico particular para ser operada a um sinal na perna que estava a ficar maligno. Foi há seis anos. Se tivesse esperado pela minha vez na lista do hospital público não sei se ainda cá estaria. Só há quatro meses é que recebi em casa uma carta perguntando-me se ainda estaria interessada em ser operada. Qual deveria ser o valor do ordenado mínimo?Não governo uma casa e por isso não tenho uma noção de quando se gasta. Mas o salário mínimo em vigor não seria de certeza. Acho que isso deveria variar de acordo com o número de crianças numa família. Uma pessoa sozinha não deveria receber o mesmo que outra com filhos. Não se pode viver dignamente com menos de 500 ou 600 euros.Qual o meio de transporte que utiliza?O comboio. E não estou muito satisfeita. Quando estava em Lisboa não tinha razões de queixa. Comboios constantemente e chegavam a horas. Agora é um autêntico martírio sempre que quero ir para Abrantes, onde estudo, de comboio.Quem daria um bom Presidente da República?O professor Cavaco Silva, sem dúvida alguma. É uma pessoa decidida. Não é influenciado pelo que lhe dizem. Fez bem em afastar-se durante uns anos e reaparecer agora. É uma pessoa carismática. Sempre fez um óptimo trabalho como político e é uma excelente pessoa.Lê o jornal em papel ou na Internet?Vivo numa casa com outras estudantes de Comunicação Social e à hora do jantar juntamo-nos à volta da televisão a discutir as notícias. Quando posso, compro o jornal em papel. Não tenho muita aptidão para as novas tecnologias. Qual o seu livro de cabeceira?Acabei agora “O Zahír”, de Paulo Coelho, e vou começar uma obra da Susanna Tamaro. Tenho que ler sempre alguma coisa antes de me deitar. Seja a que horas for. Mesmo quando chego a casa às seis da manhã. As minhas colegas até gozam comigo.

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