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André, 23 anos, Assentis

CROMOS DA BOLA

É um ponta de lança com boa envergadura física. Nasceu para o futebol no Clube Desportivo de Torres Novas, onde fez toda a sua formação desde as escolinhas até aos seniores. Depois veio a ida para a universidade e teve que sair para clubes com menor dimensão - Ouriense, Parceiros de São João e agora o Assentis onde, mesmo com todas as dificuldades em treinar, vai conseguindo marcar golos e ajudar o clube a conseguir os objectivos de manutenção.

Já viu alguma coisa estranha durante um jogo?Sim. Quando jogava nos juvenis, num jogo em Torres Novas, ia um jogador isolado para a baliza, e um apanha bolas substituiu o guarda-redes e impediu que a bola entrasse na baliza. Foi uma situação estranha, porque o árbitro cumpriu a lei. Fez sair o apanha bolas do campo e recomeçou o jogo com um lançamento de bola ao solo. As coisas só não deram mais problemas porque ganhámos o jogo.Qual é a sua relação com os árbitros?É uma relação normal. Sou algo refilão, nunca ofendo ninguém, mas vivo muito o jogo, e tenho que falar se não rebento. Mas sou por norma um jogador disciplinado. Este ano só vi dois cartões amarelos e só um foi por protestar com o árbitro.Vai ser treinador quando acabar a carreira?Quase de certeza que sim. Estou a tirar o curso de educação física e sairei com o nível dois de treinador de futebol, porque é nessa área que me estou a especializar.Ainda gostava de ser jogador profissional?Quem é o jogador que não gostava de ser profissional? Eu não fujo à regra. Jogo futebol desde os oito anos, e sempre tive a ambição de ser profissional. Agora optei pelo curso e já não vejo possibilidades de lá chegar.Concorda com a posição dos jogadores profissionais de fazer greve devido a ordenados em atraso?Sem dúvida que sim. São trabalhadores como outro qualquer. Com ordenados em atraso têm todo o direito de fazer greve. Mas também não sei se será correcto deixar o clube que atravessa dificuldades ainda em pior estado. Eu por mim não faria greve.No distrital joga-se por dinheiro ou amor à camisola?Há as duas situações. Em clubes como o Assentis e outros clubes pequenos joga-se por amor à camisola e por gostar de praticar desporto. Joguei dez anos no Torres Novas sem ganhar nada. É o clube do meu coração. Hoje voltaria lá da mesma forma.

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