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Rogério Mascata

55 anos, recepcionista, Azambuja

“Para acabar com o terrorismo, bastava que os governantes olhassem à sua volta e percebessem que ao seu lado vivem pessoas iguais a eles. Isso evitava muitas guerras”

Qual foi a melhor prenda de Natal que recebeu?Os três filhos que tenho. Qualquer um deles óptimo. Tudo o resto é secundário.Quem tem condições para ser o próximo presidente da República?Qualquer um deles, de uma ponta à outra, não poderá mudar muito mais o estado das coisas. Os governantes andam todos a reboque de uma elite. A elite do dinheiro. Enquanto isso não for desfeito é muito difícil alterar o que quer que seja. Por outro lado o Presidente da República também não tem muita margem de manobra.Os combatentes do ultramar tiveram pouco apoio?Participei activamente no 25 de Abril. Lutei e acreditei no 25 de Abril nos primeiros dois anos. A partir daí deixei de acreditar. Só sei que o terrorismo foi demasiado em África. E continua. Embora em outros moldes diferentes. Os ex-combatentes tiveram pouco apoio. Tanto lá, onde fomos deixados de qualquer maneira ao Deus dará, como cá, após o regresso. Ainda hoje sinto muita revolta.Como é que se pode lutar contra o terrorismo?Infelizmente no mundo há muita maneira de fazer terrorismo. Era tudo mais fácil se os Homens compreendessem que temos que viver em comunidade uns com os outros. Para acabar com o terrorismo, bastava que os governantes olhassem à sua volta e percebessem que ao seu lado vivem pessoas. Iguais a eles. Isso evitava muitas guerras.Se fosse governante qual a primeira medida que tomava?Não estava lá muito tempo porque haveria alguém que me eliminaria de imediato. Recusava-me, quase de certeza, a fazer o jogo deles. O que faz quando vê alguém a fazer acrobacias ao volante?Tenho tendência a ser pacífico nesta matéria. Afinal todos somos condutores e todos cometemos erros ao volante. Há que respeitar as pessoas.Onde fez a passagem de ano?Em casa, com a minha família. Não tenho possibilidade de ir a grandes festas. Por outro lado, mesmo que tivesse, esse tipo de eventos não me diz muito. Procurava um espaço onde pudesse estar mais sossegado. O que faz falta na sua terra?Nos Estados Unidos, onde estive a trabalhar, vi auto-estradas fabulosas. Mas sei que aqui é difícil de implementar esse tipo de coisas. O país é mais pequeno. Daqui a meia dúzia de quilómetros batíamos numa serra ou passávamos a fronteira para Espanha. De maneira nenhuma posso comparar os dois países. Mas na América vi um tipo de miséria que nunca encontrei em Portugal. O que faria se ganhasse o Euromilhões?Não deixava de ser a pessoa que sou. A maneira de ser não muda por causa do dinheiro. Com essa ajuda monetária procurava ajudar os meus filhos. Mas sempre com regras. Mas é melhor que não me saia. Assim ainda tenho paz e de outra maneira era capaz de não ter… (sorrisos)

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