uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Guerra de comunicados

Guerra de comunicados

Socialistas atacam Moita Flores e o PSD contra-ataca

O secretariado concelhio do PS acusa o presidente da Câmara de Santarém de manipular os números para dar outra dimensão à dívida da autarquia. O PSD acusa os socialistas de “amnésia política”.

O caldo está entornado e a guerra está aberta entre os dois principais partidos com assento no executivo da Câmara de Santarém. Como pano de fundo a questão financeira e o impasse em torno da operação de leaseback, que o PSD considera essencial para sanar a dívida de curto prazo e que tem encontrado resistências por parte da oposição.A concelhia socialista abriu as hostilidades da guerra de comunicados da última semana considerando “leviana e pouco séria” a forma como o presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores (PSD), e o partido que o apoia “têm vindo a tratar a questão da dívida” do município.Em comunicado datado de 10 de Janeiro, o secretariado da concelhia socialista, liderado pelo vereador Manuel Afonso, afirma que a dívida da câmara “é conhecida com rigor pelas forças políticas que desde o 25 de Abril de 1974 sempre integraram os executivos camarários”, para contestar os números apresentados por Moita Flores.Os socialistas dizem que a dívida da câmara à data de 30 de Novembro de 2005 é de 48,156 milhões de euros e não os 70 milhões que PSD e Moita Flores têm propalado. A concelhia do PSD, em comunicado emitido esta segunda-feira, insiste no valor de 70 milhões de euros, rotula de “completamente leviana” a argumentação do PS e diz que essa cifra foi apresentada ao executivo pelos técnicos da câmara e “espelha de forma fiel o conjunto de compromissos assumidos pela autarquia”.Visão diferente tem o PS: “Para chegar ao valor por si propagandeado, o presidente da câmara e o PSD adicionam aquele valor os custos de obras em curso como se estivessem concluídas, facturadas e as respectivas facturas vencidas”.O PSD responde com outros exemplos: “Dizer-se que obras em curso, que para se iniciarem tiveram de ser cabimentadas no orçamento municipal, não contam para a dívida é o mesmo que dizer que uma família que adquire uma casa com financiamento bancário só tem em dívida a prestação mensal e não o montante global”.“A dívida da autarquia é consequência do enorme trabalho realizado pelo Partido Socialista no comando dos destinos da autarquia”, adianta a concelhia do PS. Que se afirma “consciente dos problemas decorrentes da dívida de curto prazo da autarquia” mas também conhecedor das medidas a aplicar para os ultrapassar”. E, para o PS, essa solução não passa só pela operação financeira de leaseback que consideram ter sido apresentada pelo PSD de forma unilateral e sem qualquer estudo que a fundamente. “Existem e devem ser estudadas soluções que isoladamente ou em conjugação conduzam à desejada reestruturação da dívida da Câmara de Santarém”.Um ponto com o qual o PSD concorda, ao dizer que o leaseback não é solução única e integra um conjunto de acções para consolidar a dívida de curto prazo e devolver à câmara o seu bom nome perante os fornecedores. Acrescenta que o PS, no último mandato, nunca apresentou nenhuma medida para combater a dívida, “mostrando-se agora muito preocupado”.
Guerra de comunicados

Mais Notícias

    A carregar...