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O saber não tem idade

Universidades seniores testaram conhecimentos em Santarém
Qual é o contrário de “Enconinado”? Essa foi a única questão que não obteve uma resposta certa no concurso de cultura geral “O Saber Não Tem Idade”, que decorreu quinta-feira no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém. Das quatro opções de resposta - cheio de calor, esperto, vazio ou elegante – ninguém escolheu a primeira, que era a correcta.O concurso envolveu 11 equipas representantes de outras tantas universidades da terceira idade ou academias seniores de todo o país. Perante a plateia repleta de apoiantes passaram 33 concorrentes que fizeram jus à designação do concurso e pedem meças a muito licenciado ou estudante universitário no que toca a conhecimentos gerais em áreas como a história, geografia ou actualidade.O andar já pesava a alguns mas as respostas foram ágeis e os conhecimentos sólidos. Tanto que na primeira meia-final, o júri presidido por João Peres, habituado a dirigir outro tipo de exames na Escola Superior de Gestão de Santarém, só detectou respostas erradas entre as seis equipas à oitava pergunta.A prova decorreu em Santarém como prémio à equipa dessa cidade que ganhou a anterior edição. Mas este ano, devido a alguma precipitação, a equipa da casa (Universidade da Terceira Idade de Santarém) não passou sequer à final, que viria a ser ganha por Lisboa. Também a equipa da Universidade da Terceira Idade de Almeirim – a outra equipa da região, ficou cedo pelo caminho.Rogério Ferreira, porta-voz da equipa de Santarém, estava um pouco desiludido com a sua prestação, explicando que o grupo divergiu nalgumas respostas, optando pela resposta incorrecta. Foi por isso que apontaram a bandeira da República da Irlanda como bandeira da Hungria ou a cidade de Berlim como capital da extinta República Federal Alemã.O concorrente, que estava seleccionado para integrar as equipas de Santarém e de Almeirim, pois frequenta as duas universidades, garantiu que não vai desmoralizar e que continuará a estudar com afinco. Até porque para o ano há mais.Pela primeira vez nessas andanças, Benvinda Costa representou a equipa de Almeirim mas afirmou sentir-se mais à vontade no desporto, sobretudo na marcha. Confessando que não é uma aluna muito aplicada, queixou-se ainda de ter tido apenas oito dias para estudar para o exame.O concurso é organizado pela Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS), que tem sede em Almeirim. “A intenção é provar que o saber não tem mesmo idade e que as pessoas ainda têm muito para dar”, explicou ao nosso jornal Luís Jacob, o jovem presidente da direcção da RUTIS que se mostrou muito à vontade no papel de apresentador.A RUITS agrega 82 universidades ou academias seniores em todo o país, que contam com cerca de 5 mil alunos com idades a partir dos 50 anos. Na região há universidades em Almeirim, Santarém, Abrantes e está em fase inicial a de Constância.A equipa de Lisboa levou para casa como primeiro prémio uma máquina fotográfica digital. A Amadora, que ficou em segundo, ganhou uma impressora multifunções e Miranda do Corvo, terceira classificada, levou um fax.

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