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“Que nunca lhe doam as mãos”

“Que nunca lhe doam as mãos”

José Hermano Saraiva abrilhantou apresentação do último livro de Miguel Noras em Santarém

“Infelizmente o vandalismo não morreu e todo o país assiste à destruição do património qualificado”, alertou o historiador.

As cadeiras da sala de espectáculos do Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, não chegaram para a pequena multidão que quis assistir à apresentação do mais recente livro de José Miguel Noras, que tem a chancela da editora O MIRANTE. “A asa do meu orgulho duriense” é uma compilação de crónicas publicadas pelo ex-presidente da Câmara de Santarém no jornal Lamego Hoje mas os discursos focaram-se sobretudo na realidade escalabitana. De hoje (ver caixa) e de outros tempos.A viagem no tempo por mitos e lendas foi conduzida pelo historiador José Hermano Saraiva. Da velha Scalabis e das lendas de Santa Iria e do Santíssimo Milagre, o hábil comunicador chegou aos nossos dias para elogiar a “santa cruzada” que Miguel Noras tem assumido pela preservação do património. Tema que, aliás, cruza muitas das suas crónicas.“Que nunca lhe doam as mãos”, afirmou José Hermano Saraiva dizendo que Santarém, além de ser “uma das cidades com história mais rica e extraordinária” de Portugal, “foi durante algum tempo a capital do vandalismo”. Recordando que “os tesouros góticos foram destruídos pedra a pedra”, o professor foi particularmente cáustico com “os vândalos modernos”. “Infelizmente o vandalismo não morreu e todo o país assiste à destruição do património qualificado, que vamos vendo desaparecer”. Como a casa que pertenceu a Almeida Garrett, em Lisboa.“Desse gládio que Deus lhe deu, faça a sua santa cruzada”, apelou a Miguel Noras, aludindo à facilidade de discurso oral e escrito do ex-presidente da Câmara de Santarém.Miguel Noras - que na plateia contou com figuras nacionais como o ex-presidente da Assembleia da República Fernando Amaral e o deputado João Soares – explicou que o livro é uma homenagem ao Douro e “um apelo” para a preservação do património.O presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores, e o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, focaram os seus curtos discursos na região que deu mote à compilação de crónicas que estava a ser apresentada: o Douro. O autarca duriense sugeriu uma sessão de apresentação do livro em Lamego. Enquanto Moita Flores conseguiu pôr mais de 200 pessoas a cantar o “parabéns a você” a José Miguel Noras, que nesse dia 1 de Fevereiro completou 50 anos.
“Que nunca lhe doam as mãos”

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