Tive oportunidade de ler na edição de O MIRANTE (VALE DO TEJO) do passado dia 1 de Fevereiro de 2006, na rubrica “Pontos de Vista”, uma crónica de Nelson Silva Lopes em que era dito: “Maria da Luz Rosinha referiu que há uma tendência para o exagero das populações perante o fenómeno da criminalidade” (sic).Tal crónica surge na semana a seguir a uma visita de Sua Excelência o Subsecretário de Estado da Justiça ao Concelho de Vila Franca de Xira para se inteirar das condições físicas dos postos e quartéis das forças de segurança.Relativamente à parte transcrita da referida crónica, há que fazer um reparo para esclarecer os leitores.O que efectivamente foi referido por mim naquele encontro (que aliás reafirmo e nem constitui uma ideia minha mas sistematicamente estudada pelos académicos na matéria) é que o sentimento de insegurança tem características muito próprias e, quando uma vítima é alvo de algum acto que atente contra a normalidade da sua vida, cria-se uma imediata sensação de insegurança que tende a ser projectada para o conjunto do quotidiano, transformando uma situação particular, psicologicamente, no maior problema de (in)segurança para quem o sofreu.Destas considerações - que nem são exclusivas minhas (longe disso) - poder retirar-se que referi que há uma tendência para o exagero das populações perante o fenómeno da criminalidade vai efectivamente uma grande distância.De qualquer forma (e conforme afiançado em primeira mão pelo Sr. Subsecretário de Estado), os sinais que nos chegam por parte das forças de segurança do Concelho é que os números totais da criminalidade não têm vindo a aumentar, embora a contabilidade e características finais apenas venham a ser conhecidas ao detalhe por volta do mês de Março, quando reunirmos o Conselho Municipal de Segurança.Antecipadamente grata pela atenção dispensada, apresento os meus melhoresCumprimentos,A Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de XiraMaria da Luz Rosinha