uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Câmara da Chamusca deve quase 14 milhões

Câmara da Chamusca deve quase 14 milhões

Município está a reduzir custos, aumentar taxas e a suspender obras para equilibrar as contas

As maiores dívidas da Câmara da Chamusca são a fornecedores, cujo montante já apurado é de 6,5 milhões de euros.

A dívida da Câmara da Chamusca apurada até ao momento é de 13.964.456 euros. A informação do município surge cerca de uma semana após a sessão da assembleia municipal onde o assunto foi abordado. Mas na altura ainda não existiam dados rigorosos. O maior montante é de dívidas a fornecedores, com um total contabilizado até agora de 6.596.557 euros. Mas segundo o vice-presidente da autarquia, Francisco Matias, o valor pode chegar a cerca de oito milhões de euros. Uma vez que ainda falta confirmar algumas dívidas a várias empresas.Francisco Matias garante que desta dívida o município já conseguiu consolidar 3.496.557 euros através de operações financeiras de factoring e leasing. Quanto aos restantes 3.100.000 euros a câmara está a negociar com instituições de crédito um empréstimo de quatro anos (2006 a 2009) para o seu pagamento. O vice-presidente espera concluir este processo até finais de Março.Segundo os dados fornecidos pela autarquia, a dívida de longo prazo correspondente a empréstimos contratados com a Caixa Geral de Depósitos é de 5.690.851 euros. A autarquia já negociou com o banco o pagamento de uma prestação mensal (sem aumento de prazo e de valor) que se iniciou em Dezembro último. À Caixa Geral de Aposentações (CGA) a dívida é de 617.397 euros, cujo valor vai ser pago em oito anos. A câmara estava a pagar dos seus cofres as reformas a 14 antigos funcionários que assim passam a receber directamente da CGA. A dívida refere-se aos descontos que o município não efectuou, já que a percentagem descontada mensalmente aos funcionários não pode ser retida pela entidade patronal.As colectividades do concelho também sofreram com os problemas financeiros da câmara, que não transferiu para as associações a soma de 71.203 euros. Dos quais 42.586 euros são referentes a entidades de cariz cultural e 28.617 euros relativo a associações desportivas. Para regularizar esta situação foram estabelecidos planos de pagamentos até Junho deste ano. Com vista a regularizar os compromissos assumidos com as juntas de freguesia do concelho, cuja dívida total é de 489.037 euros, a câmara efectuou planos de pagamentos mensais até 2009. As dívidas mais pequenas devem ficar pagas antes desse prazo. A câmara municipal deve à Junta de Freguesia de Carregueira 124.429 euros; Chamusca 18.972 euros; Chouto 61.029 euros; Parreira 47.842 euros; Pinheiro Grande 21.846 euros; Ulme 82.559 euros e Vale de Cavalos 132.357 euros. Para equilibrar as contas e conseguir angariar dinheiro, o município pôs em prática várias medidas. É o caso da redução do trabalho extraordinário, das ajudas de custo e controlo da assiduidade dos funcionários através de um relógio de ponto que não existia. Criou-se uma área de aprovisionamento responsável pela aquisição de bens e serviços. Que já conseguiu um contrato com a Repsol que vai fornecer os combustíveis à câmara com um desconto de 0,042 euros por litro. O município reduziu também os eventos e está a reorganizar vários serviços, entre os quais o das águas. Criou também a derrama (imposto municipal sobre o lucro das empresas) no valor de dez por cento. A autarquia está também a actualizar as taxas e tarifas do município, algumas que já não são aumentadas há dez anos. No plano de contenção de despesas a câmara decidiu suspender as obras que não tinham a garantia de financiamento por parte do Estado ou de fundos comunitários. E só avança com novas obras desde que o seu financiamento esteja assegurado.
Câmara da Chamusca deve quase 14 milhões

Mais Notícias

    A carregar...