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Serenata à chuva

Fazendense vence 2-1 em Coruche e segue em frente na Taça do Ribatejo

O Coruchense – Fazendense deste sábado foi um verdadeiro jogo de taça. Emotivo e bem jogado de princípio a fim, foi interessante de seguir, apesar da chuva ter marcado presença durante todo o jogo. O Fazendense venceu com justiça e segue em frente na Taça do Ribatejo.

A equipa de seniores da Associação Desportiva Fazendense, foi vencer 2-1 ao Terreno do Grupo Desportivo O Coruchense, em jogo a contar para a terceira eliminatória da Taça do Ribatejo, continuando assim em prova e deixando pelo caminho uma equipa que tinha também como grande objectivo a vitória na competição.A partida, que tinha sido adiado devido ao nevão que caiu no dia 29 de Janeiro, foi disputada na tarde chuvosa de sábado. Foi uma autêntica serenata à chuva. Os poucos espectadores que enfrentaram o temporal, acabaram por não dar por mal empregue o tempo que passaram no ainda inacabado Estádio José Peseiro. O jogo foi bom e emotivo de princípio a fim.Ao contrário do seu adversário, a equipa que veio das Fazendas de Almeirim entrou muito bem no jogo e cedo se colocou na frente do marcador. Iam decorridos seis minutos na primeira parte, quando num rápido contra-ataque, Mário Nelson desceu rápido pela esquerda, cruzou para a área onde apareceu Valter a desviar a bola para o fundo da baliza de Gonçalo Arromba.Estava feito o primeiro golo, mas a equipa do Fazendense não abrandou, O Coruchense parecia aturdido, e até cerca da meia hora de jogo, os fazendenses criaram e desperdiçaram três ou quatro oportunidades que podiam ter resolvido, desde logo, o jogo.Nesse período de tempo brilhou a grande altura o guarda-redes Gonçalo Arromba, que aos 16 minutos efectuou a defesa da tarde, ao negar autenticamente o golo a Renato. Mas, já antes, Gonçalo se tinha oposto com valentia a remates dos seus adversários. E aos 20 minutos voltou a brilhar a grande altura ao desviar para canto mais um remate de Renato, que levava o selo de golo.A partir da meia hora, o Coruchense começou a equilibrar as operações, devido sobretudo à subida de produção de André Almas e Mesquita, dois jovens que pegaram no jogo e levaram a equipa para diante. E aos 32 minutos criaram e concluíram o lance que deu o golo do empate. André Almas cruzou da direita e, ao segundo poste, apareceu muito bem de cabeça Mesquita a enviar a bola para o fundo da baliza de Nelson.A partir daqui o jogo abriu ainda mais e os lances de perigo repartiram-se pelas duas balizas. Aos 40 minutos Renato, muito mexido, voltou a estar perto do golo. Aos 42 minutos foi a vez de André Almas, na marcação de um livre, obrigar Nelson a uma excelente defesa.Mas até ao intervalo o resultado não se alterou, e as duas equipas regressaram aos balneários empatadas. Nessa altura o resultado era lisonjeiro para a equipa de Coruche. O Fazendense fez muito mais para estar na frente do marcador.A segunda parte foi muito bem jogada e algo diferente. O Coruchense entrou com outra disposição e foi empurrando o Fazendense para o seu meio campo, e logo aos 57 minutos, foi a vez do guarda-redes Nelson se exibir a grande altura, na recarga a um livre que esbarrou na barreira, Beto tentou um chapéu, a que Nelson se opôs com uma excelente defesa para canto.A jogar com muita vontade, a equipa comandada por Luís Sobrinho continuou a pressionar, e embora a os pupilos de Manuel Francisco nunca se tenham desunido, foi criando lances de perigo, e os seus atacantes não deram descanso a Nelson.O Fazendense passou então a explorar mais o contra-ataque, e fê-lo muito bem. Mário Nelson, Renato e Valter são jogadores muito rápidos e a jogar nesse estilo deram muito trabalho à defensiva do Coruchense.Aos 73 minutos, numa grande penalidade, muito contestada, sem razão, pelos responsáveis do Coruchense, o Fazendense fez o segundo golo. Caju recuperou uma bola a meio campo, colocou-a rapidamente na direita em Valter que correu pelo seu flanco, flectiu para o centro e já dentro da área foi rasteirado por Beto. Na marcação da falta, Carrapato não deu hipóteses de defesa a Gonçalo, e fez o golo da vitória.Daí até ao final, o Coruchense tudo fez para chegar pelo menos ao empate. Luís Sobrinho colocou em campo toda a sua artilharia, mas Manuel Francisco fez o contrário. Reforçou o meio campo e a defesa e não deu hipóteses para o seu adversário voltar a marcar.O resultado acaba por se aceitar, mas qualquer das equipas merecia a vitória, que pendeu para o lado do Fazendense, mas a equipa de Coruche saiu de cabeça erguida. No final do jogo a equipa de arbitragem foi muito contestada pelos responsáveis do Coruchense, mas na nossa opinião foi uma contestação injusta. Gonçalo Antunes e os seus auxiliares fizeram uma arbitragem muito positiva.Luís Sobrinho atacou arbitragem“Isto está tudo feito para o Cartaxo e o Fazendense”O ambiente no final do jogo estava quente. Nem a chuva forte que nunca deixou de cair arrefeceu os ânimos dos responsáveis pela equipa do Coruchense, que não se cansavam de acusar as arbitragens dos seus jogos de apenas se preocuparem em prejudicar a sua equipa.O treinador do Coruchense, Luís Sobrinho, era mesmo o espelho do inconformismo. “Fomos a melhor equipa sobre o terreno, mas como já vem acontecendo a alguns jogos atrás, tivemos uma arbitragem que não nos deixou ganhar. Na primeira parte há uma grande penalidade clara a nosso favor que não foi assinalada. Na segunda parte, para resolver o jogo, o árbitro assinalou uma grande penalidade a favor do Fazendense, numa falta que aconteceu bem fora da área”, criticou o técnico.“Isto está tudo feito para o Cartaxo e o Fazendense. É inadmissível o que se está a passar. Hoje, mais uma vez, os meus jogadores fizeram uma grande exibição, mas é impossível ganhar a jogar contra catorze”, disse com indignação.Por sua vez o treinador do Fazendense, Manuel Francisco, preferiu realçar a capacidade de sofrimento e a vontade de ganhar dos seus jogadores. “Sabíamos que vínhamos defrontar uma excelente equipa, preparámo-nos para isso, e com alguma felicidade, é verdade, conseguimos vencer”, referiu, recusando que a sua equipa tenha sido beneficiada pela arbitragem.Manuel Francisco referiu ainda a grande sobrecarga de jogos que a sua formação tem sido sujeita, mas garantiu que o grupo de trabalho está alertado para isso. “Estamos a controlar a situação, e acredito que não vamos ter problemas físicos no futuro. Vamos continuar a lutar pelos nossos objectivos que são vencer as provas onde estamos inseridos”, concluiu.

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