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“Baile de Máscaras” começou ao amanhecer

Rusga a bairro do Entroncamento culmina com detenção de um indivíduo e apreensão de armas e outros artigos

Os moradores acordaram em sobressalto e ficaram indignados com o aparato montado em torno do bairro.

Seis caçadeiras, um revólver, diversas munições, artigos em ouro, material electrónico, ferramentas de construção civil, panelas de cozinha e uma bicicleta. Foi este o material apreendido pela polícia num bairro problemático do Entroncamento durante a “Operação Baile de Máscaras”, que culminou com a detenção de um indivíduo, suspeito de vários furtos, por mandado judicial.Passavam poucos minutos das sete horas da manhã de quinta-feira, 23 de Fevereiro, quando o bairro Frederico Ulrich, no centro do Entroncamento, se viu cercado por mais de 130 agentes da PSP. Os moradores acordaram em sobressalto, com as portas de casa a serem abertas à força por elementos do Corpo de Intervenção da polícia. O objectivo era encontrar material constante das listagens de objectos furtados em residências e viaturas do concelho. Os vários elementos do Corpo de Intervenção da PSP fizeram-se acompanhar por seis equipas de Reacção Táctica, quatro do Grupo de Intervenção Rápida, trinta polícias de investigação criminal, cinco elementos femininos da Escola Prática de Polícia de Torres Novas, e ainda de vários cães. Um aparato policial que surpreendeu os moradores daquele bairro, que acolhe várias famílias de etnia cigana. No decorrer da rusga, muitos foram aqueles que se mostraram revoltados com o teatro operacional montado pela PSP. “Isto parece o Texas. Tanto espalhafato para quê? Mas vejam bem, porque assim podem mandar cá vir o presidente da câmara arranjar as ruas e as casas que estão numa miséria”, protestava um morador enquanto passava junto a uma casa rodeada de homens encapuzados e armados.No local estiveram ainda jornalistas da imprensa e uma equipa de um canal de televisão. Segundo fonte do comando distrital da PSP de Santarém, esta não foi uma operação normal, pelas suas características e pelo número de elementos envolvidos. Mas o propósito deste “Baile de Máscaras” era exactamente o de surpreender a população: “Esta operação tinha duas vertentes. Obrigar as pessoas a perceber que não é a polícia que manda, mas é a polícia que dita as leis. E, por outro lado, criar na população algum sentimento de segurança e estabilidade”.Quanto à continuidade das rusgas no concelho, a mesma fonte refere que “isto é como nos filmes. Pode ter muitas partes, podendo mesmo chegar a best seller”. Carla Paixão

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