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Tejo quer ser património mundial

Tejo quer ser património mundial

Congresso vai percorrer cidades ribeirinhas
A Associação dos Amigos do Tejo pretende apresentar uma candidatura do rio Tejo a património mundial. Esta foi uma das principais ideias saídas na abertura do II Congresso do Tejo, que decorreu na sexta-feira, dia 24, na Quinta Municipal de Subserra. Um barco de transporte de passageiros trouxe os convidados de Lisboa. Esta sessão marcou o início dos trabalhos preparatórios para o encontro final que se vai realizar em Outubro em Lisboa. A iniciativa é promovida pela Associação dos Amigos do Tejo (AAT) em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.Na abertura do II Congresso do Tejo a autarca vilafranquense defendeu ser altura “de todos os responsáveis políticos, associados aos agentes económicos, terem uma atitude de razoabilidade”, na recuperação do valor ambiental do rio e dos mouchões, um “valioso património”. Para Maria da Luz Rosinha, a hora é de “recuperar e valorizar os recursos naturais, culturais e económicos” do Tejo, reunindo assim as condições a uma candidatura a património da Humanidade.Segundo adiantou, o aproveitamento turístico dos mouchões deve ser uma prioridade e algo a concretizar a breve trecho. Para o mouchão da Póvoa existe um projecto de exploração turística que partiu de um promotor privado. O projecto prevê a instalação no local de 140 unidades turísticas de alojamento isoladas (em casas de madeira), 50 unidades de alojamento geminadas/bungalows, um campo de golfe ecológico, uma piscina com água do rio, seis postos de observação de aves, boxes para cavalos e espaços de diversão para crianças. O vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Moura de Campos, participou na abertura do Congresso e adiantou que a recuperação das zonas ribeirinhas que se estendem entre Cascais e Vila Franca de Xira irá merecer o apoio de um novo Quadro Comunitário de Apoio (QCA). O quadro de apoios para o período entre 2007 e 2013 dedicará uma fatia dos dinheiros europeus ao Tejo, em vertentes como o turismo, a investigação e a formação. “A zona ribeirinha entre Cascais e Vila Franca de Xira será uma prioridade”, mencionou Moura de Campos, garantindo igualmente que o rio “continuará a ser um importante eixo de desenvolvimento da região”. O anterior QCA proporcionou investimentos na ordem dos 70 milhões de euros, utilizados para requalificar as margens do rio, e iniciar projectos de combate à poluição.A Governadora Civil, Adelaide Rocha pronunciou-se a favor de uma estratégia que “transforme o Tejo numa mais-valia estratégica com base numa boa gestão de recursos”. O objectivo, acrescentou é “ganhar o desafio do desenvolvimento sustentável da economia”.Carlos Salgado, presidente da AAT, referiu o actual estado do Tejo, hoje um rio “pobre, inquinado e delapidado”. Além do assoreamento, o crescimento populacional das áreas urbanas que são atravessadas pelo Tejo, é outro dos principais problemas. Para Carlos Salgado, o caminho para um Tejo mais saudável deve passar por conciliar o aproveitamento turístico com a agricultura, afirmando-se o Congresso do Tejo como o local ideal para fazer chegar às populações os problemas que afectam o rio.Outros dos projectos da iniciativa são a criação de uma Bolsa de Turismo do Tejo e de uma Provedoria do Tejo.Esta segunda edição do Congresso do Tejo (a primeira realizou-se em 1987) irá terminar em Outubro, em Lisboa, realizando-se até lá reuniões, encontros e investigação científica sobre o tema, em várias das localidades servidas pelo rio. O Congresso do Tejo volta a passar pelo concelho de Vila Franca de Xira em Maio, com uma nova sessão preparatória. As iniciativas vão ainda passar pela Moita, Lisboa, Santarém, Abrantes, entre outras localidades. Sara Cardoso
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